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Bob Dylan

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A música deve muito a Robert Allen Zimmerman, nome verdadeiro de Bob Dylan, um dos maiores artistas de todos os tempos. Marcou uma geração inteira com sua voz singular, que é tão amada quanto criticada e suas letras polà­ticas, densas, ora sarcásticas, ora poéticas. Comprou um enorme briga com puristas do folk quando inovou o estilo de seu trabalho, mas acima de tudo fez história, aliás, muita história.

Nascido em 1941, na cidade de Duluth, Minnesota, Estados Unidos, Dylan desde cedo demonstrou inclinação para a música. Com dez anos de idade já escrevia pequenos poemas e começou a aprender sozinho a tocar piano e guitarra.

Antes de ser um artista solo, formou em sua adolescência pequenas bandas, como His Rock Boopers e o Golden Chords and Elston Gunn, que acompanhavam o embalo do novo ritmo que acabava de surgir nos anos 50, o rock de Jerry Lee Lewis e Elvis Presley.

Mas sua grande inspiração veio do trabalho folk de Woody Guthrie. Em 1959 o jovem cantor foi para a Universidade de Minnesota e lá começou sua trajetória memorável. Apresentando-se em bares locais, munido de uma gaita e um violão, compondo músicas no estilo de Guthrie e adotando o nome artà­stico da Bob Dylan, Zimmerman dá os primeiros passos em direção ao sucesso.

Resolve abandonar a universidade e se muda para Nova York, e em 1961, aos 20 anos, fecha seu primeiro contrato com uma gravadora. No ano seguinte lança seu primeiro disco, auto-intitulado. Porém, em 1963, com The Freewheelin' Bob Dylan, ganha destaque internacional. A faixa 'Blowin in the Wind' é considerada uma de suas principais composições.

No ano seguinte lança The Times They are A-Changin, que estabelece Bob como um dos principais cantores e compositores de sua geração. A faixa, que leva o mesmo tà­tulo do álbum tem forte teor de protesto, como a maioria de suas letras, e se torna uma das músicas mais executadas dos turbulentos anos 60. Ainda no mesmo ano sai Another Side of Bob Dylan, pegando carona no sucesso do álbum anterior.}

O ano de 1965 foi paradoxal para o artista. Os dois álbuns deste ano, Bringing it all Back Home e Highway 61 Revisited são considerados pela crà­tica como obras-primas de Dylan, sendo o segundo, o pivô da cisão entre o músico e os defensores do puro folk. O trabalho foi duramente criticado por conta das canções não serem acústicas, o que fez com que o músico se afastasse do folk tradicional e se aproximasse do rock tradicional, o rock pop. Começou a ser chamado até de traidor, pela ala mais radical do gênero que não aceitava esta mudança.

Apesar de tudo, a faixa 'Like a Rolling Stone', do álbum Highway 61 Revisited, tornou-se a principal música de Dylan, sendo um dos maiores sucessos da época. O sucesso que pode ser atribuà­do talvez pelo fato da canção retratar a sociedade de sua época, em tom de crà­tica, claro. O nome e a inspiração para a música vieram de uma frase do célebre bluesman Muddy Waters, que dizia que "pedras que rolam, não criam limo" incentivando no ser humano o desejo de eterna mudança e renovação. Em 2004, a música encabeçou a lista das 500 melhores canções de todos os tempos, feita pela respeitada revista, ironicamente batizada de Rolling Stone, também em homenagem à música e à frase.

Bob Dylan alcança o auge de sua fama. Os crà­ticos o adoram, os fãs o idolatram. Muitos o chamam do "porta voz da juventude rebelde americana", rótulo que ele não apenas rejeita, mas que trata com desprezo e indignação, pelo desejo constante de nunca querer ser modelo de nada, para ninguém.

Em julho de 1966 o cantor sofre um acidente de motocicleta ficando afastado dos palcos por um perà­odo. Hoje sabemos que Bob usou o acidente como desculpa para se afastar do cenário musical por um tempo, pois estava aborrecido.

Recomposto de seu acidente, Bob Dylan volta a ativa. John Wesley Harding (1967),New Morning (1970) são mais dois ótimos trabalho do artista. No disco Pat Garrett and Billy the Kid (1973) está uma de suas principais composições, 'Knockin' on Heaven's Door', regravada por dezenas de artistas, entre eles Eric Clapton e Guns N' Roses e que chegou a ganhar uma versão em português, do músico Zé Ramalho, 'Batendo na Porta do Céu'.

Em Desire (1976) Bob Dylan volta afiado com suas letras/protestos. A faixa 'Hurricane' mostra toda sua indignação e inconformidade em relação à prisão do inocente Robin 'Hurricane' Carter, boxeador và­tima do racismo de policias corruptos. Apesar da música e de diversas manifestações de apoio, Hurricane ficou trinta anos na cadeia.

Desire, assim como dois de seus sucessores, Slow Train Coming (1979) e Infidels(1983) foram produzidos pelo guitarrista e là­der da banda Dire Straits, Mark Knopfler.

Já na década de 80, continua sua maratona de shows e gravações, mas a qualidade de seus atuais trabalhos são visivelmente inferiores aos da década de 60 e 70. Em 1988 o músico entrou no Rock 'n' Roll Hall of Fame, ou "Calçada da Fama do Rock 'n' Roll", espaço reservado para grandes nomes da música.

Sobrevivendo a década de 80, inicia a de 90 com o álbum Under the Red Sky. No ano seguinte recebe um prêmio Grammy pelo conjunto de sua obra. Lança em 1992 Good as I Been to You, em 1993 World Gone Wrong e em 95, o aguardado acústico MTV Unplugged. Termina a década com mais alguns lançamentos médios e trabalhos ao vivo, além de compilações. Seu último trabalho inédito foi em 2001,Love and Theft.

Além de hábil músico, Dylan é também escritor. Em 2004 lançou o primeiro livro da trilogia de sua autobiografia, Chronicles. O poeta diz que teve dificuldades para escrever sua memórias: "Não sei como alguém consegue fazer isso como trabalho", declarou a um jornal norte-americano. Já publicou também livros de poemas, como Tarântula, em 1971. Também ganhou tà­tulo de doutor honoris causada Universidade St. Andrews, Escócia e em Princeton, Estados Unidos..

Genioso, polêmico, de personalidade forte e oscilante e com um talento incomparável, o fato é que Bob Dylan não apenas marcou seu nome na história da música, mas na história da sociedade em geral. A música foi o instrumento com o qual demonstrou sua ira diante da humanidade e do mundo. Para uns, um "profeta", para outros um gênio, para a música: Bob Dylan.

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