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The Cure

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A história do The Cure começou em 1972, quando Robert James Smith ganhou sua primeira guitarra, aos 13 anos. Ele convidou seus amigos de escola Laurent (Lol), Andrew Tolhurst (bateria) e Michael Stephen Dempsey (baixo) para tocarem com ele.

Eles formaram a banda Malice e chegaram a fazer alguns shows no Marquee Club, de Londres e no St. Edwards Church Hall. Mas Robert achava que não era tão convincente nos vocais e, por isso, acabou convidando outros dois amigos, que além de cantarem se revezariam na guitarra. Infelizmente, a dupla acabou não se adaptando à banda. De volta à formação original, o grupo decidiu adotar um novo nome "” Easy Cure (nome de uma música composta por Lol Tolhurst) "” e incluà­ram um guitarrista chamado Paul (Porl) Stephen Thompson e um vocalista fã de David Bowie, Peter O"™Toole.

Não demoraram muito e entraram em um concurso da Hansa Records, o maior selo independente da Alemanha com uma demo gravada na sala de jantar dos pais de Robert. A banda acabou ganhando o 1º lugar e o dinheiro do prêmio foi investido em equipamentos para pequenos shows nos arredores de Crawley. Peter O"™Toole anunciou sua saà­da do grupo para se juntar a um Kibbutz e, assim, Robert retornou ao vocal.

Alguns meses depois, a banda acabou se dirigindo para os estúdios SAV de Londres para gravarem 10 músicas demo. A 1ª música escolhida seria 'Killing an Arab"™, baseada no livro O Estrangeiro de Albert Camus e a gravadora ficou receosa de ofender a comunidade árabe. A Hansa não gostou de nenhuma das outras músicas e rompeu contrato com a banda em 1978.

Desempregados e com os sonhos quase desmoronando, Thompson acabou deixando o Easy Cure. Dempsey foi trabalhar como porteiro de um hospital psiquiátrico e Tolhurst foi trabalhar em um laboratório quà­mico. Robert insistiu na carreira artà­stica. Ele mandou uma nova fita demo com quatro músicas para grandes gravadoras: "˜Boys Don"™t Cry"™, "˜Fire in Cairo"™, "˜It"™s not you"™ e "˜10.15 Saturday Night"™. A fita chegou à s gravadoras como propriedade do The Cure. Todas as gravadoras recusaram a fita, menos Chris Parry, um tipo de caça talentos da Polydor. Ele produzia o The Jam e o Siouxsie and The Banshees, e estava procurando bandas para criar seu próprio selo chamado Fiction.

Chris Parry foi assistir a um show da banda após conhecê-los em seu escritório e ofereceu um contrato de seis meses, que foi assinado em setembro de 1978. Depois de alguns shows, eles estavam prontos para lançar as músicas "˜Killing an Arab"™ e "˜10.15 Saturday Night"™ como singles. Como a Polydor recusou-se a vender qualquer coisa do The Cure antes do Natal, Chris não teve outro jeito senão lançar o single por um selo independente chamado Small Wonder.

Depois de muitos shows e outras gravações, eles estavam prontos para lançar o álbum Three Imaginary Boys, em maio de 1979. Robert cantou todas as faixas, menos 'Foxy Lady', que tem vocal de Dempsey. Em junho, eles lançaram 'Boy"™s Don"™t Cry', e Robert Smith resolveu criar seu próprio selo, o Dance Fools Dance, com a colaboração do baixista Simon Jonothan Gallup, que mais tarde se uniria ao projeto Cult Hero.

Com a popularidade em alta, Robert Smith acabou conhecendo o baixista do Siouxsie and The Banshees, Steve Severin. Eles se deram tão bem que Severin convidou o Cure para uma turnê conjunta com os Banshees no Reino Unido. Logo depois, John Mckay (guitarrista) e Kenny Morris (bateria) deixaram a banda, e Robert se ofereceu para tocar durante a turnê. Ele foi convidado para ser o guitarrista oficial.

Michael Dempsey saiu do Cure alegando diferenças musicais. Simon Gallup que estava no projeto de Robert acaba substituindo Dempsey, e Matthieu Aiden Hartley assume o posto de tecladista. No começo de 1980 eles retornam ao estúdio para gravarem o álbum 17 Seconds.

O próximo álbum, Faith, concretizou algo que Robert estava procurando: despertar o sentimento de melancolia e de vazio que estava sentindo desde o álbum anterior. Até crà­ticos especializados chegaram a comparar o show deles com uma cerimônia religiosa. Para piorar, o irmão de Simon, Ric, colocou o sombrio filme Carnage Visors na abertura do show. Toda a trilha sonora do filme foi elaborada pelo Cure, e foi distribuà­da como B-Side da fita cassete de Faith.

Estava sendo uma turnê muito difà­cil, onde a banda brigava muito entre si e o público andava muito hostil. Para piorar, receberam a notà­cia de que a mãe de Tolhurst, muito doente, acabara de falecer. Então, eles voltaram para a Inglaterra e colocaram uma fita do show no funeral como homenagem póstuma. Apesar da tristeza, Tolhurst disse que o melhor a fazer para superar a dor era continuar com a turnê. Robert gravou o single de 'Charlotte Sometimes', 'Splintered in Her Head', com o diretor Mike Mansfield.

No final de novembro de 1981, Robert estava determinado a dar o nome de Pornography ao novo álbum, que estava bem mais agressivo, raivoso e criticava a hipocrisia moral da sociedade. Muitas das letras foram criadas nas viagens alucinógenas junto com Steve Severin, que sob efeito de drogas pesadas, perdeu totalmente a noção do que era real e do que era ficção por alguns meses.

Não havia mais o sentimento de unidade, de companheirismo, e assim que acabou a turnê, Simon saiu da banda, após uma séria briga com Robert. Mas, mesmo assim, eles lançaram o single 'The Hanging Garden/Killing na Arab'. Robert e Lol decidem tirar umas férias, e quando Robert voltou, gravou junto com Steve Severin um single chamado 'Lament'. Quando, finalmente, Lol retornou da Europa, Chris Parry diz para gravarem um single que fosse totalmente contra o estilo de Pornography. Então o single 'Let"™s go to bed/Just one kiss' foi lançado. Robert achou que esse single não condizia com a banda, e acreditava que assim estava traindo seus velhos fãs, e ameaçou lançar o mesmo sob o pseudônimo de "˜Recur"™.

No final, o single teve uma boa repercussão. O clipe foi dirigido por Tim Pope e, assim, começou o longo relacionamento da banda com o diretor. Em 1982, o guitarrista do Siouxsie and The Banshees, John McGeoch, saiu do grupo por causa de estafa e Robert assumiu seu posto como membro fixo da banda. Ele participou da turnê de 1983 com o álbum ao vivo Nocturne, fazendo até uma cover de "˜Dear Prudence"™, dos Beatles.

Já que tinha um contato maior com Steve Severin, Robert acabou fazendo um projeto com ele, e junto com a vocalista Jeanette Landrey formaram a banda The Glove, lançando o álbum chamado Blue Sunshine. Siouxsie também não ficou pra trás, e junto com Budgie, ex-baterista dos Banshees, lançou o também projeto Creatures. Robert, junto com os Banshees, lançou em 1984 um álbum inédito chamado Hyaena. Contudo, estava muito complicado ser o là­der do Cure, ajudar Tim Pope com seu single 'I Want to be a Tree' e ser guitarrista do Siouxsie ao mesmo tempo, então ele resolveu parar de excursionar e tocar com os Banshees e se dedicar apenas à s gravações do The Top. Enquanto isso reuniu algumas gravações de turnês e demos, e compilou tudo no álbum Concert.

O álbum The Top foi o mais turbulento do Cure. Robert escreveu as letras sob efeito de drogas, e a confusão reinava na banda. Numa das turnês, Robert se desentendeu com o baterista Andy e num acesso de raiva, o demitiu. Chegou aos Estados Unidos sem baterista quando Phil contatou Vince Ely, do Psychedelic Furs para tocar, mas ele só poderia permanecer por duas semanas. Então Phil contatou Boris Williams, fundador do Thompson Twins para um teste de adaptação, que o legitimou como um membro oficial. Phil acabou saindo da banda por vontade própria, já que ele queria seguir carreira solo. Robert então chamou Simon de volta. Eles fizeram as pazes.

Lançaram o single 'In Between Days', que marca uma nova era da banda, o álbum The Head on The Door. Logo depois, lançaram outro single do álbum Close to Me/A Man Inside My Mouth.

Com o contrato expirando, Robert resolve lançar um álbum só de compilações. Surge então o Standing on a Beach, com uma nova remixagem de 'Boys Don"™t Cry'. Essa música voltou com muita força à s paradas de sucesso.

Depois de algum tempo sem lançar nada novo no mercado, o Cure reaparece com um novo single 'Why Can"™t I Be You/A Japanese Dream', em 1987 e, logo depois, o álbum duplo Kiss Me Kiss Me Kiss Me. Roger O"™Donnel, ex-tecladista do Psychedelic Furs acaba entrando para a formação da banda já que Lol não estava se empenhando tanto nas turnês. Um pouco depois, na turnê européia é lançado o single 'Just Like Heaven/Snow in Summer', considerada a melhor canção pop da banda.

Eles lançaram os singles 'Lullaby/Babble' e 'Fascination Street/Babble' (essa última apenas nos EUA) em abril de 1989, e logo após, lançaram Disintegration, considerado pela maioria dos fãs como o melhor álbum da banda. Nesse momento começa a lendária Prayer Tour, com todos os lugares por onde passavam com a lotação esgotada, desde a Europa até os EUA. Mas um boato estava circulando de que essa seria a última turnê da banda, que se consolidou quando Robert disse "I"™ll never see you again" em um dos shows de Mansfield, EUA. Ao voltarem para a Inglaterra, se refugiaram da mà­dia.

Depois de um tempo fora de circulação, lançaram o single 'Pictures of You' e aceitaram tocar no Glastonbury Festival, que acontece todos os anos na Inglaterra. Perry Bamonte, vulgo Teddy, substitui Roger nos teclados, já que este saiu por desentendimentos com Simon e Boris.

Nesse mesmo ano eles estavam estreando uma rádio pirata particular, a Cure FM, onde iriam transmitir em primeira mão o single 'Never Enough/Harold and Joe', do álbum de remixes chamado Mixed Up. Este álbum não foi um grande sucesso entre os fãs, apesar de Robert dizer que era muito mais do que uma compilação de remixes.

Eles produziram também o Acústico The Cure e lançaram no mercado dois và­deos: Picture Show e Play Out. No intervalo do lançamento desses và­deos, lançaram o single 'High/This Twilight Garden' do álbum Wish, que é conhecido não apenas como o álbum do single 'Friday I"™m in Love/Halo' mas também como o que possui mais guitarras "” tocaram Perry, Robert e Porl. Eles também fizeram uma música especialmente para o filme O Corvo, chamada 'Burn'.

Lançaram ainda dois outros álbuns ao vivo pós Wish, o Show e o Paris "” o último com as músicas mais underground da banda "”, antes da saà­da de Porl e Boris. Sem o baterista e um guitarrista, a banda mais uma vez foi remodelada. Perry, que estava dividido na função de tecladista e guitarrista acabou se firmando mesmo nas guitarras e Roger foi chamado novamente para preencher a vaga de tecladista. Ele percebeu que as mágoas que possuà­a em 1989 não eram mais as mesmas e, assim, resolveu esquecer esse assunto. No entanto, não foi fácil encontrar um baterista com a mesma garra de dedicação de Porl.

O Cure fez um anúncio não assinado no tablóide musical Melody Maker para recrutar bateristas. Jason Copper foi selecionado e preenche a vaga até hoje. Nesse perà­odo o grupo fez a música 'Dredd Song', para o filme O Juiz de Silvester Stallone, e uma cover de David Bowie para a música 'Young Americans'.

Depois de quatro anos sem qualquer música inédita, o Cure resolveu inovar e lançou 1º single com B-Sides que variavam de acordo com o paà­s onde era lançado "” 'The 13th', 'Adonais', 'It Used To Be Me' e 'Ocean'. O álbum foi chamado de Wild Mood Swings e teve aceitação muito inferior ao Wish.

Mais tarde, com a aproximação de Robert e Reeves Gabrels, guitarrista de David Bowie, é lançado um single chamado 'Wrong Number', que foi usado como suporte na coletânea chamada Galore, na mesma linha de 'Standing on a Beach'. Foi lançado a cover de 'World in My Eyes' do Depeche Mode numa coletânea de tributo ao grupo, e sob o nome de Cogasm (Cooper, Gabrels e Smith). Também foi lançado o single 'A Sign from God' para a trilha do filme Orgazmo.

Em fevereiro de 2000, o Cure lançou Bloodflowers. Este álbum fechou a trilogia que começou em Pornography e continuou no Disintegration. Esse álbum teve muito mais aceitação que seu antecessor Wild Mood Swings. Têm como 1º single a música 'There is No If,' a qual Robert expõe a angústia de estar apenas no Cure. Ele tinha uma meta de que aos 40 anos iria produzir muito mais do que a sua participação no grupo.

Após este lançamento e até o segundo semestre de 2004, Robert expressava toda sua angústia afirmando que seu próximo trabalho seria o primeiro álbum solo de sua carreira. E, apesar da expectativa da mà­dia e dos fãs, o último trabalho do grupo foi em conjunto. O álbum The Cure, lançado no final de junho é, na própria opinião de Robert, "um dos melhores. É definitivamente a coisa mais apaixonada que já fiz", afirma o là­der da banda.
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