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Pesquisadores descobrem nova metodologia para diagnóstico de Zika

Caso o teste sorológico se mostre realmente eficaz, terá diversas utilidades.

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Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Universidade de Miami identificaram no sangue um anticorpo capaz de se ligar ao vírus Zika. Isso possibilitou o desenvolvimento de um teste para fazer o diagnóstico sorológico da doença.

“Os anticorpos habitualmente identificados em pacientes com Zika apresentavam reação cruzada com o vírus da dengue. Os testes sorológicos disponíveis até o momento, portanto, podem passar por problemas para discriminar quem efetivamente já foi infectado pelo Zika no passado”, disse Esper Kallás, professor da FMUSP em dados preliminares.

A estratégia usada pelo grupo da USP e colaboradores foi analisar uma célula do sangue conhecida como plasmablasto em pacientes com diagnóstico confirmado de Zika por testes moleculares – que são capazes de detectar a infecção apenas na fase aguda, após a circulação do RNA viral no organismo.

“Fizemos o sequenciamento de cada uma dessas células sanguíneas para identificar as moléculas de imunoglobulinas que elas estavam produzindo. Um dos anticorpos encontrados, que chamamos de P1F12, só foi capaz de se ligar ao vírus Zika, sem reação cruzada com o causador da dengue”, contou.

Caso o teste sorológico se mostre realmente eficaz para discriminar pessoas previamente infectadas pelo vírus Zika, terá diversas utilidades. Poderá, por exemplo, auxiliar na avaliação dos riscos de mulheres grávidas que necessitem viajar para uma região onde estejam ocorrendo casos da doença.

“Se ela souber com certeza que teve Zika no passado, poderá viajar com certa tranquilidade. Caso contrário, deverá tomar mais cuidados”, afirmou Kallás.

A descoberta permite ainda que autoridades de saúde pública consigam estimar a porcentagem de pessoas suscetíveis (que nunca foram infectadas) ao vírus em uma determinada população. Isso pode ajudar a prever a ocorrência de novos surtos e a organizar serviços de assistência.

“Para fazer esse tipo de pesquisa é importante saber se o participante já teve uma ou outra doença, ou as duas anteriormente, pois isso pode influenciar o resultado. Um teste sorológico capaz de discriminar bem os casos ajudaria a economizar muitos recursos”, disse Kallás.

De acordo com o pesquisador, o anticorpo P1F12 não se mostrou altamente eficiente para neutralizar o vírus Zika. No entanto, em sua apresentação, ele fez menção a estudos que estão sendo desenvolvidos por outros grupos com o objetivo de encontrar anticorpos que possam ser usados no tratamento e na prevenção da infecção.

“Seria interessante, por exemplo, para uma gestante que descobre o vírus no início da gestação. A administração de anticorpos neutralizantes poderia impedir que o Zika seja transmitido para o bebê”, comentou.

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Escrito por Redação

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