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Desmatamento na Amazônia brasileira cresce em outubro, apesar de promessas na COP26

Placeholder - loading - Área desmatada da Amazônia na região de Porto Velho (RO)  21/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Área desmatada da Amazônia na região de Porto Velho (RO) 21/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Jake Spring

GLASGOW (Reuters) - O desmatamento na floresta amazônica brasileira cresceu em outubro em relação a um ano atrás, mostraram dados de satélite nesta sexta-feira, apesar das afirmações do governo do presidente Jair Bolsonaro de que está reprimindo a destruição de uma barreira crucial contra a mudança climática.

Os dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelaram que cerca de 877 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados no mês passado, um aumento de 5% na comparação com outubro de 2020. Foi o pior desmatamento em outubro desde que o atual sistema de monitoramento entrou em operação em 2015.

O Brasil está se empenhando em demonstrar à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) em Glasgow que aumentou seus cuidados com a Amazônia, prometendo acabar com o desmatamento ilegal até 2028, dois anos antes de uma meta anterior.

Mas cientistas, diplomatas e ativistas dizem que estas promessas significam pouco tendo em conta como o desmatamento disparou a níveis vistos pela última vez em 2008 durante a gestão Bolsonaro, uma vez que o presidente defende o garimpo e a agropecuária na Amazônia.

'Os anúncios do governo não estão mudando a realidade, o Brasil real continua perdendo florestas', disse Ane Alencar, diretora científica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), na COP26. 'O mundo sabe onde o Brasil está, então esta tentativa de mostrar um Brasil diferente não ressoa, porque os dados de satélite mostram claramente a realidade'.

Um assessor de imprensa da delegação brasileira na COP26 não quis comentar de imediato. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, deve conversar com a mídia mais tarde nesta sexta.

Bolsonaro adotou um tom mais conciliador nas questões ambientais desde que o presidente norte-americano, Joe Biden, tomou posse, prometendo em uma cúpula do Dia da Terra da Casa Branca, e novamente na Assembleia-Geral das Nações Unidas, coibir o desmatamento ilegal.

Mas desde que tomou posse o governo cortou funcionários de agências ambientais e criou obstáculos para a aplicação de leis ambientais, além de não ter conseguido conter o desmatamento por meio de uma operação do Exército na Amazônia.

Ane Alencar disse que a elevação do desmatamento na Amazônia sublinha a importância de se chegar a um acordo eficaz sobre os mercados de carbono na COP26 para liberar fundos para a preservação florestal no Brasil.

As conversas entraram em seu último dia programado nesta sexta-feira, mas podem se estender, já que até o início da tarde local ainda não se tinha um acordo.

(Reportagem adicional de Brad Haynes)

Escrito por Reuters

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