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Produção da Petrobras cai no 2º tri com desinvestimentos e paralisações

Placeholder - loading - Logo da Petrobras em tanque da refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas (RS) 21/07/2022 REUTERS/Diego Vara
Logo da Petrobras em tanque da refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas (RS) 21/07/2022 REUTERS/Diego Vara

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Por Rafaella Barros e Nayara Figueiredo

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de petróleo da Petrobras caiu no segundo trimestre, em meio a desinvestimentos de ativos e paralisações de trabalho que afetaram a operação da empresa.

A produção de petróleo e gás da companhia no país somou 2,616 milhões de barris de óleo equivalente ao dia no período, queda de 5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a estatal nesta quinta-feira.

A produção de petróleo apenas atingiu 2,114 milhões de barris por dia no intervalo, com recuo também de 5%.

Incluindo o gás natural e o exterior, a empresa produziu 2,653 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boepd), queda de 5,1% tanto em termos anuais como trimestrais.

A Petrobras atribuiu o recuo ao início da vigência do contrato de partilha de produção do excedente da cessão onerosa dos campos de Atapu e Sépia, em 2 de maio, com redução da fatia da Petrobras nestes campos. O impacto no segundo trimestre, segundo a empresa, foi de 90 mil barris de óleo equivalente/dia.

A estatal ainda concluiu um desinvestimento menor para a petrolífera independente 3R Petróleo Óleo e Gás.

A empresa ainda ressaltou um maior número de paradas para manutenções e intervenções nas plataformas do pré-sal e do pós-sal, cujos efeitos foram parcialmente compensados pelo início de produção da plataforma flutuante Guanabara, no campo de Mero, e pela continuidade dos ramp-ups dos FPSOs Carioca, no campo de Sépia, e da P-68, no pré-sal da Bacia de Santos.

'Esses efeitos já estavam previstos em nosso planejamento e não impactaram nosso guidance de produção para 2022, de 2,6 MMboed, com variação de 4% para mais ou menos', disse a empresa.

A produção de derivados do petróleo atingiu 1,77 milhão de barris por dia no trimestre, avanço de 1,7% ante igual período do ano anterior e 2,6% acima dos três primeiros meses de 2022.

Segundo a Petrobras, o desempenho em derivados ficou em linha com o FUT do parque de refino de 89% no trimestre e superou o trimestre anterior mesmo com o desinvestimento da RLAM, que respondia por cerca de 13% da capacidade de processamento do parque de refino.

VENDAS

Já as vendas de derivados de petróleo da Petrobras no mercado interno somaram 1,717 milhão de barris/dia no trimestre, baixa de 2,4% ano a ano e avanço de 1% na base sequencial.

O avanço foi devido principalmente ao aumento das vendas de diesel e GLP, em razão da sazonalidade de consumo.

'Este aumento foi parcialmente compensado pelas menores vendas de gasolina, devido à maior oferta de etanol, e menores vendas de óleo combustível por não ter havido entregas para geração termelétrica no segundo trimestre de 2022.'

A petroleira teve queda de 8% no volume de diesel vendido e de 2,8% no da gasolina, na comparação com o segundo trimestre de 2021, para respectivos 750 mil e 375 mil barris por dia.

No primeiro semestre, o recuo nas vendas de diesel foi de 5,3% sobre um ano antes. Segundo a Petrobras, o principal fator foi a venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para o Fundo Mubadala- em novembro de 2021 - além do aumento das entregas por importadores e outros produtores nacionais, e um menor consumo por usinas termelétricas.

As vendas de querosene de aviação cresceram 75% em relação ao segundo trimestre de 2021, com uma média de 93 mil barris por dia. O resultado deveu-se à recuperação da demanda no setor aéreo, segundo a empresa.

A venda de gás natural no trimestre para consumo interno - excetuando-se o destinado às usinas termelétricas - recuou 31,7% ano a ano. Foram, em média, 56 milhões de metros cúbicos/dia.

Segundo a Petrobras, a queda também refletiu paradas para manutenção de plataformas, além do impacto da redução de 5 milhões de metros cúbicos/dia na importação de gás da Bolívia, decisão unilateral da boliviana YPFB, que aumentou o fornecimento para a Argentina.

(Reportagem adicional de Gram Slattery no Rio de Janeiro; edição de Nayara Figueiredo)

Escrito por Reuters

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