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Samarco limita aportes em reparação a US$2,4 bi em proposta a credores, dizem fontes

Placeholder - loading - Logo da Samarco com bandeiras na entrada da mineradora em Mariana, Brasil.  11/11/2015  REUTERS/Ricardo Moraes
Logo da Samarco com bandeiras na entrada da mineradora em Mariana, Brasil. 11/11/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Samarco protocolou nesta quarta-feira uma nova proposta de plano de recuperação judicial aos credores, na qual propõe limitar novos aportes da mineradora nos programas de reparações devido ao rompimento de barragem em Mariana (MG), dentre outros pontos, disseram à Reuters fontes próximas a negociação.

Na nova proposta, a mineradora prevê um limite de 2,4 bilhões de dólares para novos aportes a serem feitos na Fundação Renova, responsável pelas reparações do desastre, ocorrido em 2015, disseram as fontes com conhecimento do assunto, que pediram anonimato para falar.

Além disso, os donos da Samarco --a brasileira Vale e o grupo anglo-australiano BHP -- se comprometeram a fazer os novos aportes caso sejam necessários, mesmo que a Samarco tenha caixa para fazer frente às possíveis demandas, explicaram as fontes.

Tal proposta tiraria um grau de incerteza importante sobre o futuro da Samarco reestruturada, uma vez que não há ainda um acordo global fechado entre a companhia, suas sócias e autoridades federais e estaduais sobre a reparação da tragédia e dos valores a serem empenhados.

O novo plano seria apresentado nesta quarta-feira em Assembleia Geral de Credores, disseram as fontes, mas a reunião não foi realizada por falta de quorum, sendo reagendada para 10 de março. Dessa forma, a Samarco decidiu apresentá-lo de forma digital.

Mais cedo, a Reuters havia reportado a existência de uma diferença significativa entre as propostas de reestruturação da mineradora e de seus credores, indicando um impasse nas assembleias para a reestruturação de cerca de 5 bilhões de dólares em dívida financeira.

Os credores demandaram pagamento de 100% da dívida, incluindo juros por atraso, com troca por novos bônus garantidos pelos acionistas Vale e BHP, segundo documentos da recuperação judicial.

A Samarco, por sua vez, havia proposto um desconto de 75% na dívida dos detentores de bônus, com o pagamento em títulos com vencimento em 2041. Outra alternativa seria a conversão dos créditos em participação acionária, com os credores atingindo um pouco mais de 15% da empresa.

OUTRAS MUDANÇAS ESTRUTURAIS

O novo plano apresenta também mudanças estruturais relacionadas ao endereçamento da dívida.

Na proposta desta quarta-feira, a empresa prevê que os credores que apoiarem uma capitalização que a empresa deverá realizar, estimada em 1,4 bilhão de dólares, terão direito em alocar a parte da dívida concursal deles para um instrumento de dívida refinanciada.

A capitalização será aberta a todos os credores concursais, sejam eles acionistas ou não, na proporção de seus créditos. Metade do montante será levantado em equity e a outra financiada em instrumento sênior de dívida.

Dessa forma, o credor teria uma alternativa para não converter 100% de sua dívida em ações.

Em uma terceira mudança importante apresentada, a Samarco teria conseguido junto aos acionistas que parte de seus créditos extraconcursais, aqueles formados depois do pedido de recuperação judicial, sejam tratados de maneira igual aos créditos concursais.

(Por Marta Nogueira)

Escrito por Reuters

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