Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todos os Artistas.

Amy Winehouse

news single img

Para quem abriu as revistas ou ao menos deu uma olhada nas principais manchetes de publicações especializadas em música, nos anos 2007 e 2008, Amy Winehouse com certeza dispensa maiores apresentações. A cantora, desde que surgiu na mí­dia, foi destaque invariavelmente por duas de suas principais caracterí­sticas: talento e irresponsabilidade.

Nascida em setembro de 1983, filha de um taxista e de uma farmacêutica, Amy cresceu em Londres e desde cedo já despertou gosto pela música. Suas influências vieram não só do gosto musical de seus pais - cuja coleção de discos incluà­a artistas como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Dinah Washington - mas também do conví­vio familiar: alguns dos seus parentes do lado materno eram músicos de jazz profissionais. Já na adolescência, seus í­dolos foram grupos e artistas de R&B e hip hop, como os trios femininos TLC e Salt-N-Pepa, e as cantoras Macy Gray e Lauryn Hill. Na fase adulta, Amy costuma citar como fonte de inspiração os grupos vocais femininos das décadas de 50 e 60.

Aos 16 anos, um amigo de escola de Amy – o cantor pop britânico Tyler James – mostrou a fita demo da incipiente artista a um caçador de talentos de sua gravadora, que na ocasião procurava por uma cantora de jazz. O contato lhe rendeu a assinatura de um contrato com a Island Records, gravadora que lançaria em 2003 seu primeiro álbum: Frank. O disco já anunciava um grande talento que surgia e demonstrava suas influências até então: uma mistura de jazz e R&B, com letras irreverentes, desbocadas, repletas de sentimentos pessoais e um tanto depressivas. Amy cantava basicamente sobre relacionamentos de forma ácida e com uma voz potente e estridente que viria a ser sua marca registrada.

A artista despertou atenção do público quando ganhou uma indicação para o Mercury Music Prize e para duas categorias do BRIT Awards, além de faturar o troféu Ivor Novello de Melhor Canção Contemporânea, pelo single "Stronger Than Me". Junto com o êxito veio a fama, e a imprensa descobriu que Amy era uma excelente fonte de manchetes. Seus hábitos boêmios e etí­licos começaram a disputar espaço na mí­dia com seu talento, e seus escândalos passaram a fazer parte do noticiário musical britânico com certa frequência.

Tais hábitos levaram os empresários da gravadora a recomendarem à cantora que se internasse numa clí­nica de reabilitação para dependentes de álcool e drogas. A resposta, como o mundo inteiro sabe, foi "não, não, não". A história virou refrão e o sucesso foi estrondoso. "Rehab" foi o primeiro single de seu segundo álbum, Back to Black, de 2006. O disco foi a chave de entrada para os Estados Unidos. Com a ajuda do ví­deo-clipe de "Rehab" já sendo exibido nas MTVs, o álbum estreou em sétimo lugar na Billboard. A música já era um aperitivo para o restante do disco: ao lado das decepções amorosas, o abuso de álcool e das drogas seriam os ingredientes do coquetel fulminante que a cantora servia ao público. Se para a audiência Winehouse era embriagante, a imprensa fazia questão de um ingrediente a mais: sua intimidade.

Em 2007, Back to Black foi o disco mais vendido no Reino Unido, atingindo também o topo das paradas de diversos paí­ses. No ano seguinte, ela ainda faturou cinco estatuetas na principal premiação anual da indústria fonográfica norte-americana, o Grammy Awards. Ela levou os troféus de Melhor àlbum Pop Vocal, Melhor Performance Vocal Pop Feminina, Artista Revelação, Música do Ano ("Rehab") e Gravação do Ano ("Rehab"). Amy ainda foi capa de diversas publicações especializadas em música, como as revistas Rolling Stone e Spin.

Se vida pessoal da cantora já era um dos temas favoritos dos tablóides, com a fama internacional, esta passou a ser obsessão. Fotógrafos e jornalistas passaram a perseguir a cantora onde quer que ela fosse. E o relacionamento turbulento de Amy com seu então marido Blake Fielder-Civil passou a ser de conhecimento público.

Descrito pela imprensa como um encrenqueiro do ní­vel de sua esposa, Blake acabou sendo preso em julho de 2007 por agressão a um barman e a vida da cantora ficou em frangalhos. Seu estado psicológico e físico, já abalados por excessos e crises maní­aco-depressivas, ficou ainda mais fragilizado. No ano de 2008 sua rotina se resumia a faltar a seus próprios shows e entrar e sair de clí­nicas de recuperação, hospitais e, claro, bares e pubs. No mesmo ano ela foi diagnosticada com enfisema pulmonar e bulimia. Em novembro de 2008, o jornal britânico News of the World revelava que seu casamento enfim acabara.

O estado de saúde da cantora levou seu produtor Mark Ronson - que também já trabalhou com Lily Allen e Macy Gray - a dispensá-la da trilha sonora do filme 007 - Quantum of Solace. Ela fora escalada para interpretar a música tema do filme do agente secreto James Bond, mas com a inconstância profissional da artista, Ronson preferiu substitui-la pela norte-americana Alica Keys.

Os dotes musicais a consagraram como uma das grandes cantoras da década e seu temperamento auto-destrutivo a ajudou a conquistar o status de fenômeno de popularidade. Embora tenha sido alvo frequênte de crí­ticas, Amy Winehouse parecia não se incomodar muito.
Amy enfrentou sérios problemas com a saúde e a polí­cia. Foi vista em um ví­deo, no site do jornal britânico The Sun, usando crack, em janeiro de 2008, e três dias depois foi internada numa clí­nica onde ficou vigiada vinte e quatro horas por dia. Também em 2008, foi presa duas vezes por agressão e dirigir bêbada. Em 2009, se separou de Blake, iniciando um romance com o diretor Reg Traviss. E, em 2010, Winehouse voltou ao tratamento e se afastou temporariamente da música. Aproximadamente onze meses depois, em 23 de julho de 2011, Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, Inglaterra.

  1. Home
  2. artistas
  3. amy winehouse

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.