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Blondie

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A banda Blondie talvez tenha sido a mais "comercial" (e por isso a mais bem-sucedida em termos financeiros) da era punk/new wave predominante no final dos anos 70. Comercial ou não, foi inovadora e teve um papel importante abrindo caminhos para as mulheres no rock, servindo de mola propulsora para as chamadas "rrriot girrls" de hoje, bandas que fazem um som pesado e agressivo, mas que tem garotas como crooners. A Blondie foi formada em Nova York, em 1974, por Deborah "Debbie" Harry, uma louraça ex-coelhinha da Playboy e pelo o guitarrista Chris Stein, ambos remanescentes de outras bandas.

Debbie vinha da pouco (para não dizer "nada") conhecida The Wind and the Willows e Stein vinha do The Stillettos, que apostava num pop rock romântico, não tão agressivo quanto o que gostaria de fazer. O músico decidiu então trazer os colegas da antiga banda para integrar o Blondie e finalmente mesclar a voz doce da vocalista com os riffs barulhentos de guitarra. Se juntaram à trupe o baterista Clem Burke, o tecladista Jimmy Destri, e o baixista Gary Valentine.
Não demorou muito e o Blondie logo ganhou projeção, mais pela propaganda boca a boca e pela presença de Harry do que pela real qualidade de suas canções. Tornou-se habitué de clubes "cult" da época, que só recebia a nata do punk como o CBGB e o Club 51, em Nova York. Outros artistas de peso como Patty Smith, Ramones e Iggy and the Stooges também começaram a carreira nos mesmos lugares.

O primeiro álbum veio em 1976, entitulado Blondie, gravado pela pequena gravadora Private Stock Records. Em julho de 1977, o baixista Valentine foi substituà­do Frank Infante, que não havia participado do primeiro trabalho.

Em agosto do mesmo ano a Crysalis Records comprou os direitos da Private Stock, relançando o álbum de estréia e bancando um segundo: Plastic Letters(1977).

O Blondie se tornou um sexteto com a entrada do baixista Nigel Harrison, que assumiu o instrumento enquanto Infante passou a compartilhar as guitarras com Stein. A banda estava mal em termos comerciais, já que o primeiro disco não havia alcançado vendas muito significativas, o que ameaçava o contrato com a nova e promissora gravadora.

A salvação veio com a gravação de um cover da banda Randy and the Rainbows. A música 'Denise', original de 1963, ganhou do Blondie uma versão masculina e ficou conhecida como 'Denis'. Foi sucesso total na Inglaterra, e ficou entre as dez melhores daquele ano, levando o disco ao segundo lugar no Top Ten inglês com 'Denis' e 'I'm Always Touched By Your Presence, Dear'.

O terceiro disco, Parallel Lines, foi lançado logo depois, em setembro de 1978, contou com a produção do renomado produtor/compositor Mike Chapman e foi o verdadeiro estopim para o sucesso mundial da banda.

A música 'Picture This' ficou entre as 40 melhores, da Billboard e 'Hanging on the Telephone', se tornou Top Ten na Inglaterra. Mas, foi o terceiro single do álbum, 'Heart of Glass', que trazia toques disco combinados à voz sensual de Debbie, que com certeza alçou o Blondie à s alturas. O hit alcançou o número um na Inglaterra e Estados Unidos, e o compacto com o single vendeu um milhão de cópias só na Inglaterra e algo em torno de 20 milhões pelo mundo. O quarto álbum, Eat to the Beat, chegou um mês depois, e respaldado pelo sucesso do anterior, alcançou o primeiro lugar na parada britânica com a música 'Atomic', em março de 1980.

A essa altura, começinho dos anos 80, o Blondie já era uma das bandas mais ouvidas e admiradas da época. O grupo ficou conhecido pelas constantes repaginações, tanto no visual quanto no estilo musical. Os fãs sabiam que podiam esperar por novidades a cada disco e o fato de ser um grupo "mutante" agradava em cheio os jovens da época. Dos cinco álbuns que o Blondie lançou, nenhum deles apresenta semelhança alguma. Por conta disso, tornou-se muito difà­cil "classificar" a banda em um estilo único. Eles transitaram pelo punk, pelo new wave, flertaram com reggae, hard rock e até arriscaram um hip hop.

Em 1980, Debbie imortalizou sua voz na canção 'Call Me', tema do filme Gigolô Americano, um sucesso que completo que foi acompanhado do lançamento do quinto disco da banda, Autoamerican, no mesmo ano. Desta vez, as músicas que garantiram o topo na Inglaterra e EUA, foram o reggae 'The Tide is High', e o rap, 'Rapture', só para variar.

E então, em 1981, chegou o momento dos membros do Blondie darem a famosa "parada" para tocar seus projetos individuais. Alguns integrantes achavam que não estavam sendo bem aproveitados apesar do ecletismo da grupo, e queriam tentar novos caminhos. Deborah Harry, gravou seu primeiro disco solo,Kookoo, obtendo uma resposta positiva do público e ganhando disco de ouro em vendas. Ainda em 1981, saiu o The Best of Blondie, famosa compilação que garante sempre um bom troco, em em boa hora, para toda banda.

Em maio de 1982, foi lançado o sexto e último álbum do Blondie, The Hunter, desta vez, um tremendo desastre comercial, que talvez tenha refletido os ânimos dos integrantes na época. Para agravar ainda mais a situação, Chris Stein se afastou por problemas de saúde e o Blondie finalmente se separou em outubro de 1982.

Deborah Harry continou sua carreira solo, mas com baixa projeção, enquanto Stein se recuperava. Um reencontro e possà­vel tentativa de retomada na carreira aconteceu em 1998, com uma turnê pela Europa, mas os tempos eram outros, os fãs eram poucos e o resultado não foi muito animador. Mesmo assim, no inà­cio de 1999, saiu mais um disco do Blondie, No Exit,com impacto praticamente nulo. Em 2004, a banda se reuniu para lançar The Curse of Blondie. Em 2005, aproveitando o revival de bandas dos anos 80 em todo o mundo, estão em turnê e trabalhando juntos.

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