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Madeleine Peyroux

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Embora comumente conhecida com uma cantora de jazz, o trabalho de Madeleine Peyroux é hoje uma fusão desse ritmo com folk, country e blues, marcada por uma interpretação pessoal minimalista, cuja maior caracterà­stica é sua voz suave e aveludada.

Madeleine nasceu em 1973 na cidade de Athens, no estado americano da Georgia, viveu os primeiros anos de sua vida no bairro do Brooklyn, em Nova Iorque e no sul da Califórnia. Aos treze, ela mudou-se para a França, onde encontrou sua vocação para a música de uma forma tão inusitada quanto romântica. A exemplo da cantora francesa Edith Piaf – de quem viria mais tarde a gravar uma canção – Madeleine iniciou-se artisticamente nas ruas de Paris.

Em 1989, por volta dos 15 anos, passou a trabalhar com um grupo de músicos de rua chamado The Riverboat Shufflers. Inicialmente a jovem Madeleine apenas passava o chapéu recolhendo trocados, mas logo passou a integrar a banda como vocalista. No ano seguinte ela faria parte de outra banda, chamada the Lost Wandering Blues and Jazz Band, com quem chegou a excursionar pela Europa por alguns anos executando temas de artistas como Billie Holliday e Ella Fitzgerald, entre outros. Foi durante esse perà­odo que ela alcançou seu amadurecimento musical e lançou as bases do que viria a ser sua própria carreira como cantora.

Foi só no ano de 1996 que Madeleine conseguiu gravar seu primeiro disco. Dreamland trazia músicas eternizadas por intérpretes como Fats Waller, Bessie Smith e Edith Piaf, além das composições próprias "˜Always a Use"™, "˜Hey Sweet Man"™ e "˜Dreamland"™. Com Madeleine cantando e também tocando violão, o álbum trazia um jazz cru, que remetia à s décadas de 20 e 30, mas com uma interpretação bem pessoal, o que lhe rendeu inúmeras crà­ticas positivas na imprensa. A cantora passou a excursionar e abrir shows para artistas como Sarah McLachlan, Césaria Évora e Nina Simone.

No entanto, tendo crescido e amadurecido entre clubes e esquinas, possivelmente intimidada pelo sucesso, Madeleine refugiou-se de volta nesses mesmos ambientes. Entre apresentações em lugares pequenos e renunciando grandes aparições públicas, o misterioso exà­lio de quase uma década nunca foi muito bem explicado. Segundo a biografia da cantora em seu site oficial, ela precisava apenas dar "uma respirada". Foi só em setembro de 2004 que a cantora voltou aos olhos da mà­dia trazendo consigo um novo disco.

Caressless Love trazia composições de Leonard Cohen ("Dance Me To The End Of Love"), Bob Dylan ("You're Gonna Make Me Lonesome When You Go"), Hank Williams ("Weary Blues") e mais uma composição sua ("˜Don"™t Wait Too Long"™), com a mesma interpretação leve e minimalista, evocando desta vez raà­zes do blues, jazz, folk e country. Em 2005 a cantora fazia sua primeira passagem pelo Brasil. Durante a visita ela ainda teve tempo de gravar um dueto com o brasileiro Martinho da Vila, "˜Madeleine, I Love You"™ – versão de "˜Madalena do Jucu"™ – para um disco do sambista.

Por volta do mesmo ano, mais um episódio conturbado e mal-explicado marcava a carreira da artista. Uma seqà¼ência de disputas judiciais envolvendo Madeleine, sua gravadora e o músico William Galison em torno do lançamento do disco "˜Got You On My Mind"™ se estenderia por anos. O álbum teria sido gravado durante uma das diversas apresentações da cantora junto a Galison que ela teria feito durante seu tempo de sumiço. A gravadora de Madeleine alegava possuir todos os direitos autorais da obra em detrimento do músico. A insatisfação chegou aos tribunais e ainda hoje a história não é muito clara. O trabalho até então não consta na discografia do site oficial da cantora.

No ano seguinte Madeleine lançava seu terceiro álbum oficial, Half of The Perfect World. No novo trabalho, ela varia mais ainda seu grupo de compositores, trazendo versões para canções de Serge Gainsbourg ("˜La Javanaiese"™), Joni Mitchel ("˜River"™, cantada em dueto com k.d. Lang) e até Charlie Chaplin (Smile) e novamente composições próprias: "˜I"™m Allright"™, "˜A Litlle Bit"™, Once In A While"™ e "˜California Rain"™. Madeleine ainda voltaria ao Brasil mais duas vezes para fazer shows nos anos de 2007 e 2008. Em Março de 2009, Peyroux lançou um álbum totalmente composto por originais, Bare Bones.

Ao contrário da maioria dos artistas de hoje, Madeleine prefere ficar longe dos holofotes e se expor o mà­nimo possà­vel. Sua vida particular e suas atividades ainda permanecem em grande parte um mistério. Seguindo a tendência intimista e discreta de suas apresentações, a cantora tenta manter-se, na medida do possà­vel, no anonimato, como se fosse uma alma perdida dos tempos dos beatniks, ou uma desconhecida artista de rua.

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