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Antena 1 entrevista Mauricio Arruda

O renomado profissional da área de arquitetura está lançando um livro que fornece dicas práticas de decoração

Placeholder - loading - O arquiteto e apresentador do programa Decora, concedeu entrevista à Antena 1. Crédito da imagem: Larissa Valença
O arquiteto e apresentador do programa Decora, concedeu entrevista à Antena 1. Crédito da imagem: Larissa Valença

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O designer e arquiteto brasileiro, Mauricio Arruda, já está à frente do programa Decora, da GNT, há quatro anos, que transforma ambientes. E agora, está lançando o seu primeiro livro.

Aliás, a obra, “Decora com Maurício Arruda” (Editora Globo), é bem prática, e pode ajudar quem busca dar aquela boa renovada no lar.

Ele esteve nos estúdios da número 1 em música recentemente para um bate-papo, e falou sobre a sua carreira, percepções, e é claro, deu detalhes do novo material.

Confira a entrevista na íntegra:

Antena 1: A música influencia no seu processo de criação? Quais outros fatores te inspiram a ter boas ideias que colaboram com o trabalho?

Mauricio Arruda: A música me inspira e me concentra, aliás, sou super viciado em rádio. Outros fatores: A cidade, ter entrado na casa das pessoas, ter contato com a necessidade do público e com as dificuldades que ele tem para mobiliar. A cultura brasileira, também, é uma fonte de inspiração muito grande.

Antena 1: Suas reformas são sempre criativas e bem funcionais. Além das perguntas feitas para os clientes atendidos no programa quais outros aspetos você observa em alguém para captar o seu gosto e personalidade?

Mauricio Arruda: Faço uma análise mais subjetiva. Observo a relação que as pessoas tem com a casa, e o que ela significa. As relações humanas, também, são superimportantes, por exemplo, com a família, com os filhos, com os animais, com o trabalho, com a comida.

Tem gente que acha que a casa é feita para receber, que sempre tem que estar cheia, colorida, animada e divertida; já há aqueles que acreditam que o lar é um refúgio. Para algumas pessoas, é lugar de memórias, de contar suas histórias e experiências. Em resumo, é isso, observo a relação das pessoas com a casa e com os outros.


As suas escolhas têm que estar mais baseadas na sua história, relações e dia-a-dia, às vezes somos influenciados por algo que achamos bonito, mas não necessariamente aquilo pode funcionar para a gente. Então, por isso, é importante perceber qual a experiência que queremos ter dentro de casa para depois descobrir as soluções.

Antena 1: Você visa construir espaços que traduzam a maneira de viver de cada um, desde quando você começou a trabalhar usando esse princípio?


Mauricio Arruda: Sempre trabalhei com esse enfoque humano, de trazer o morador como protagonista das decisões, de modo que, o processo fosse mais participativo e menos impositivo. De alguma maneira sempre esteve presente, mas, o programa potencializou isso. Comecei a perceber que os protagonistas do programa eram as pessoas, com histórias diferentes, o que muda a lógica de ‘projetagem’. A nossa linguagem é um resultado da percepção do usuário, a partir do momento que defino que ele é o ator principal da história toda. É muito rico projetar desta forma, porque no final das contas, todos os projetos são completamente diferentes um do outro. E você tem que sair do seu lugar de comodidade e entrar dentro da vida, da cabeça, daquela pessoa. Isso é enriquecedor, porque você conhece coisas novas, materiais que nunca usaria, mas que para o outro faz todo o sentido.

Antena 1: Para aqueles que estão insatisfeitos com algum ambiente em casa. Quais dicas você daria para quem quer reformular um espaço, visando gastar pouco?

Mauricio Arruda: É transformar aos poucos, o processo é muito importante, mais do que o resultado, então, comece experimentando coisas que você mesmo pode fazer e que não são caras. Como, por exemplo, mude a cor da parede, modifique a iluminação, ou mesmo, a ordem dos móveis que você já tem dentro do espaço. Só isso já vai te dar uma percepção nova.

A decoração ela é dinâmica, nunca fica pronta. A casa é viva e se transforma.

Mas é isso, pense em fazer aos poucos, no processo e tente fazer você mesmo. Aí vai se descobrindo e colocando a sua personalidade para fora.

Antena 1: O livro “Decora com Maurício Arruda” pode ajudar o leitor a encontrar a identidade e colocar em prática a decoração em casa. Você pode falar mais detalhes dessa obra para gente?

Mauricio Arruda: O livro está organizado para dar ferramentas para qualquer pessoa conseguir fazer uma transformação na sua casa.

O primeiro capítulo fala sobre identidades da casa, com qual você se identifica, esse é o primeiro passo.

O segundo capítulo explica em sete passos como fazer uma transformação na casa.

E os outros capítulos vão falando dos ambientes da casa, com dicas, falando sobre todos os móveis, detalhes e coisas que são necessárias prestar atenção em cada ambiente.

Vou mostrando soluções diferentes, a ideia é que a pessoa se identifique, mas não precisa reproduzir exatamente aquilo, e sim entender o raciocínio que deve seguir na hora de escolher.

É um livro prático, para leigos, que tem inspirações, ideias, ferramentas, para você tentar fazer sozinho, mesmo que não conheça nada sobre o tema.

Antena 1: Você disse que no livro no lugar de falar sobre ambientes propriamente, você foca nas principais atividades, que desempenhamos ao chegar em uma casa, por qual motivo você escolheu esse tipo de abordagem?

Mauricio Arruda: É uma maneira mais moderna de falar sobre decoração da casa, hoje. Porque a gente está exercendo muitas atividades dentro dos ambientes. Por exemplo, a cozinha não é um ambiente exclusivo para comer.

Então, tentei falar sobre as atividades mais importantes que acontecem dentro de casa. Por exemplo, a sala é encarada pela maioria das pessoas como um lugar para chegar, relaxar e receber. Tem toda a sua experiência de entrar dentro de casa, trazer as compras, voltar para casa. Às vezes não tenho rol de entrada, mas preciso de um espelho para dar um tapa no visual, para colocar meu casaco, minha bolsa, minha chave, tirar meu sapato, aí vou relaxar com a minha família, assistir televisão, comer e receber meus amigos. Então, resolvi falar sobre aquilo que a gente costuma fazer mais nos ambientes e não sobre o espaço propriamente dito.

As pessoas estão perdendo essa questão dos ambientes, a casa é muito mais híbrida.

Antena 1: Muito amigos te convidam para ir na casa deles, com segundas intenções, para que você ajude na decoração e dê palpites?

Mauricio Arruda: Sim, eu já fiz muito isso. Faço com os mais próximos de chegar e mudar as coisas de lugar.

Antena 1: Qual ambiente mais inusitado você decorou no programa?

Mauricio Arruda: Tem vários. Por exemplo, uma lavanderia + um ateliê de artesanato, foi desafiador juntar essas duas atividades em um lugar só.

9- Quando a gente assiste o programa, dá vontade de mudar tudo... Aí fica aquela curiosidade, você está constantemente fazendo mudanças na sua casa?

Sim, na minha casa tenho bem clara a relação de que é um lugar inacabado. Lá, posso experimentar coisas, às vezes, faço o que nunca fiz e quero testar. Tenho essa liberdade. Ela tem essa cara de casa laboratório, cada semana está de um jeito.

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