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Azerbaijão interrompe ofensiva em Karabakh após acordo de cessar-fogo com separatistas armênios

Placeholder - loading - Forças de paz russas retiram civis de Nagorno-Karabakh  20/9/2023    Divulgação via REUTERS
Forças de paz russas retiram civis de Nagorno-Karabakh 20/9/2023 Divulgação via REUTERS

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Por Felix Light e Andrew Osborn

YEREVAN (Reuters) - O Azerbaijão disse nesta quarta-feira que suspendeu a ação militar na região separatista de Nagorno-Karabakh depois que as forças separatistas armênias concordaram com um cessar-fogo cujos termos sinalizavam que a área retornaria ao controle de Baku.

Sob o acordo, confirmado por ambos os lados e em vigor a partir das 13h (6h de Brasília) desta quarta-feira, as forças separatistas vão se dispersar e se desarmar, e as conversações sobre o futuro da região e dos armênios étnicos que vivem lá começarão na quinta-feira.

Karabakh, uma área montanhosa na volátil região do Sul do Cáucaso, é internacionalmente reconhecida como território do Azerbaijão, mas parte dela tem sido administrada por autoridades separatistas armênias que chamam a região de sua pátria ancestral.

Com medo do que o futuro reserva, milhares de armênios concentraram-se no aeroporto de Stepanakert, capital de Karabakh, conhecida como Khankendi pelo Azerbaijão. Outros abrigaram-se com forças de manutenção da paz russas.

O Azerbaijão, que enviou tropas apoiadas por ataques de artilharia para Karabakh na terça-feira para controlar a região separatista, diz que planeia integrar os 120 mil armênios étnicos da região e que os seus direitos serão protegidos pela constituição.

Mas alguns armênios - dado que a região esteve no centro de duas guerras desde a queda soviética em 1991 - estão céticos e a vizinha Armênia acusou o Azerbaijão de tentar limpar etnicamente o território, algo que Baku nega.

'Eles estão basicamente nos dizendo que precisamos sair, não ficar aqui, ou aceitar que isso faz parte do Azerbaijão - esta é basicamente uma típica operação de limpeza étnica', disse à Reuters Ruben Vardanyan, ex-autoridade graduada da administração étnica armênia de Karabakh.

Ele afirmou que cerca de 100 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas nos combates. A Reuters não conseguiu verificar esse dado.

O resultado, uma vitória militar para o Azerbaijão apoiado pela Turquia, cujas forças superavam em muito o número dos separatistas, pode causar turbulência política na vizinha Armênia, onde algumas forças políticas estão irritadas porque Yerevan não foi capaz de fazer mais para proteger os armênios de Karabakh.

O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, já enfrentava apelos na quarta-feira de alguns oponentes para renunciar.

Alguns armênios também estão furiosos porque a Rússia, que tem forças de manutenção da paz no terreno e ajudou a mediar um acordo de cessar-fogo anterior em 2020, após uma guerra de 44 dias, não conseguiu deter o Azerbaijão. O Kremlin rejeitou as críticas nesta quarta-feira.

Os separatistas que comandam a autodenominada 'República de Artsakh' disseram que foram forçados a concordar com os termos do Azerbaijão - transmitidos pelas forças de paz russas - depois que o Exército de Baku rompeu suas linhas e tomou vários locais estratégicos enquanto o mundo não fazia nada.

'As autoridades da República de Artsakh aceitam a proposta do comando do contingente russo de manutenção da paz para cessar fogo', disseram em um comunicado.

O Azerbaijão afirmou que não podia mais tolerar uma situação que considerava uma ameaça à sua segurança e soberania territorial.

(Por Andrew Osborn em Londres e Guy Faulconbridge em Moscou)

Escrito por Reuters

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