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B.B. King, o eterno rei do soul

Artista faria 98 anos neste sábado (16)

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A palavra “lenda” costuma ser usada para se referir a acontecimentos duvidosos, inverossímeis, tão fantásticos que beiram o inexistente. Entretanto, quando se trata de B.B. King, o termo cumpre exatamente seu significado.

Conhecido como Rei do Blues, o músico já falecido nascia há exatos 98 anos. No decorrer da sua carreira brilhante, moldou o gênero musical e inspirou uma geração de guitarristas icônicos, a despeito das barreiras causadas segregação racial nos Estados Unidos. Em sua homenagem, a Antena 1 relembra a história desta figura fascinante.

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Riley Ben King nasceu em uma fazenda de algodão localizada no estado do Mississipi em setembro de 1925, época de discriminação racial nos Estados Unidos. No início do século XX, a Lei Jim Crow permitia a separação dos espaços públicos e privados com base na cor de pele. Pessoas negras e brancas não conviviam nos mesmos ambientes, resultando em um momento de forte desigualdade social.

Os pais do jovem Riley trabalhavam na colheita da fazenda em troca de uma parte do terreno. Aos 4 anos, porém, seu pai deixou a família, e ele passou a viver com sua avó materna. Entretanto, ela faleceu alguns anos depois, e, quando tinha dez anos, começou a se sustentar sozinho.

King havia começado a cantar por influência da mãe, e o jovem se apresentava nas esquinas das ruas por alguns trocados. Porém, foi através da igreja e da música gospel que ele descobriu sua paixão pela composição.

O artista nunca teve uma educação formal em música. Nos templos pentecostais que usavam música como parte do louvor, um reverendo lhe introduziu à guitarra e, consequentemente, ao blues. Autodidata, chegou a entrar para o coral The Famous St. John’s Gospel Singers, mas decidiu seguir uma carreira desvinculada da igreja para obter mais resultados financeiros.

Seu primo Bukka White, guitarrista e bluesman em Memphis, no Tennesse, foi sua grande inspiração. O cantor deu algumas dicas ao familiar, incentivando-o a se mudar para a cidade em 1947. O município era historicamente negro, e, consequentemente, traiza mais oportunidades para a população afro-americana.

Na nova casa, King se deu bem. Passou a integrar as performances semanais e a equipe de DJs da rádio WDIA, estação voltada à comunidade preta. Seu nome artístico se consolidou como B.B. King – sigla para Blues Boy. Pouco tempo depois, no início da década de 50, conseguiu seu primeiro contrato com uma gravadora.

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Assinado com a Modern Records, o músico lançou “Three O’Clock Blues”, que foi um sucesso nacional. O single lhe rendeu uma turnê pelos Estados Unidos, com cerca de 300 apresentações por ano, acompanhado de sua banda. Em 1956, chegou a realizar 342 apresentações no total.



Outros hits de destaque são “Woke Up This Morning”, “Sweet Sixteen” e “Every Day I Have the Blues”. King se tornou conhecido por sua improvisação nos palcos, além do toque eclético com vibrato, staccato e flexão de cordas.

Entretanto, a composição que o consolidou como uma lenda é o álbum “Live at the Regal”. Esse álbum produziu o sucesso “The Thrill Is Gone”, que lhe renderia seu primeiro Grammy em 1971. Até meados dos anos 60, King era extremamente popular no público negro, mas aos poucos conquistou reconhecimento para além da sua bolha. Artistas como Eric Clapton e Buddy Guy passaram a citá-lo como fonte de inspiração, e, assim, o guitarrista teve acesso a uma audiência ainda maior.

No final da década de 60, o artista começou a se apresentar em programas nacionais, conquistando de vez o público branco dos EUA. Um exemplo é sua aparição no Tonight Show em 1969 e sua performance no Ed Sullivan Show em 1971.



Uma curiosidade interessante sobre B.B. King é que ele chamava suas guitarras carinhosamente de “Lucille”. O apelido surgiu depois que King salvou seus instrumentos de um incêndio provocado por dois rapazes disputando uma garota durante um show. A jovem se chamava Lucille.

No decorrer dos seus 60 anos de carreira, King acumulou um extenso conjunto de prêmios. O músico ganhou, ao todo, 15 Grammys por Melhor Performance Masculina de R&B, Melhor Álbum de Blues e Melhor Performance Instrumental de Pop. Ele já foi indicado, também, ao Blues Hall of Fame e ao Rock and Roll Hall of Fame.

Riley B. King demorou para se aposentar. Aos 86 anos, ainda se apresentava em diversos locais do mundo, incluindo no Brasil. Entretanto, faleceu em maio de 2015 por complicações causadas pela diabetes tipo 2.

Considerado um dos pais do Blues, B.B. King é um símbolo de resistência cuja história permanece extremamente relevante para os dias de hoje. Esbanjando talento, superou muitas adversidades até se tornar uma figura icônica. Riley sempre será lembrado como uma verdadeira lenda, e seu legado viverá para sempre.

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Escrito por Hadass Leventhal

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