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BCE interrompe sequência recorde de alta dos juros em meio a enfraquecimento da atividade

Placeholder - loading - Sede do Banco Central Europeu em Frankfurt 16/03/2023 REUTERS/Heiko Becker
Sede do Banco Central Europeu em Frankfurt 16/03/2023 REUTERS/Heiko Becker

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ATENAS (Reuters) - O Banco Central Europeu interrompeu a mais longa sequência de aumentos das taxas de juros em seus 25 anos de história nesta quinta-feira, afirmando que os dados mais recentes seguem apontando para uma inflação que lentamente se aproxima de sua meta de 2%.

O BCE elevou os juros em um total de 4,5 pontos percentuais desde julho de 2022 para combater o crescimento descontrolado dos preços, mas deu a entender no mês passado que faria uma pausa, já que os custos recordes dos empréstimos estão começando a se espalhar pela economia.

As pressões sobre os preços estão finalmente diminuindo e a inflação caiu mais da metade em um ano, enquanto a economia desacelerou tanto que uma recessão pode já estar em andamento, aumentando as apostas do mercado de que as altas de juros estão encerradas e que o próximo passo do BCE será um corte.

Procurando manter todas as suas opções em aberto, o BCE disse que seguirá uma abordagem 'dependente de dados' e que as decisões serão baseadas nos dados recebidos.

'As taxas de juros básicas do BCE estão em níveis que, mantidos por um período suficientemente longo, darão uma contribuição substancial para a meta (de inflação)', disse o banco em um comunicado após se reunir em Atenas pela primeira vez em 15 anos.

'As decisões futuras garantirão que os juros sejam fixados em níveis suficientemente restritivos pelo tempo que for necessário', disse o BCE.

É possível que a decisão de manter os juros inalterados reforce as expectativas de que os maiores bancos centrais do mundo, incluindo o Federal Reserve, já terminaram seu ciclo de aperto monetário, interrompendo uma série sem precedentes de aumentos sincronizados das taxas.

O foco do mercado deve mudar para a questão de quanto tempo as taxas precisarão permanecer em seus patamares atuais, um exercício complicado, pois os investidores já estão apostando que a próxima ação do BCE será um corte em junho, com duas movimentações previstas para outubro próximo, um cronograma que alguns autoridades consideram irrealista.

Outra complicação é que o aumento dos custos de energia, impulsionado pela escalada do conflito no Oriente Médio, pode manter a inflação sob pressão no momento em que o crescimento se enfraquece. Isso anunciaria um período prejudicial de estagflação, em que a inflação é alta e o crescimento fica estagnado.

Com a decisão desta quinta-feira, a taxa de depósito do BCE permanece em um recorde de 4%, enquanto a taxa principal fica em 4,5%.

(Reportagem de Leftheris Papadimas)

Escrito por Reuters

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