BENSON BOONE E O ANO DA VIRADA DO POP MASCULINO
DO GRAMMY AO COACHELLA, DO ÁLBUM À TURNÊ DE ARENAS, O CANTOR CONSOLIDOU SEU LUGAR ENTRE OS GRANDES NOMES DA NOVA GERAÇÃO
João Carlos
22/12/2025
O ano de 2025 marcou uma virada definitiva na trajetória de Benson Boone. Depois de conquistar o público global com “Beautiful Things”, o cantor norte-americano transformou expectativa em realidade: lançou um álbum de alcance internacional, ampliou sua presença em festivais e premiações, assumiu palcos cada vez maiores e permaneceu, mês após mês, no centro das conversas da indústria musical.
Mais do que uma conquista individual, esse avanço simboliza um movimento mais amplo dentro do pop contemporâneo. Em um cenário dominado, nos últimos anos, por grandes narrativas femininas e pela fragmentação estética das plataformas digitais, Boone surge como um dos nomes que ajudam a reposicionar a presença masculina no pop internacional, resgatando elementos clássicos do gênero — como performance, construção de repertório e identidade de era — sem abrir mão da linguagem atual. Sua ascensão em 2025 não apenas consolidou uma carreira, mas também sinalizou uma reconfiguração do espaço masculino no mainstream, agora menos dependente de arquétipos e mais conectado à entrega artística, ao palco e à longevidade das canções.
A seguir, o Portal da Rádio Antena 1 apresenta uma retrospectiva que resume como Boone construiu um dos anos mais comentados do pop contemporâneo.
O início do ano sob holofotes e expectativas
Janeiro começou com Benson Boone já operando em outro patamar. A extensão de datas internacionais de sua turnê anterior e a confirmação em lineups de grandes festivais sinalizavam que 2025 não seria apenas um ano de continuidade, mas de expansão. A imprensa especializada passou a tratá-lo não mais como revelação, mas como um nome em consolidação.
Esse clima ganhou força logo nas primeiras semanas, quando seu nome apareceu com destaque nas listas de artistas mais aguardados do ano, especialmente pela promessa de um novo projeto de estúdio.
Grammy, performance viral e nova fase criativa
Fevereiro foi o primeiro grande ponto de inflexão. A indicação ao Grammy 2025, na categoria Best New Artist, levou Benson Boone ao centro da maior premiação da música mundial. Sua performance de “Beautiful Things” chamou atenção não apenas pela execução vocal, mas pela entrega física e estética de palco, amplamente repercutida nas redes sociais e na imprensa internacional.
Ainda no mesmo mês, o cantor deu início oficialmente à nova era com o lançamento do single “Sorry I’m Here for Someone Else”, que apresentou um Boone mais confiante, com identidade sonora mais clara e foco em canções de grande apelo radiofônico.
Reconhecimento da indústria e fortalecimento do repertório
Março representou um ponto de consolidação prática na trajetória de Benson Boone. Além de entrevistas e análises que projetavam os próximos passos de sua carreira, o cantor viveu um dos momentos mais decisivos do ano no palco do Lollapalooza Brasil 2025. Sua apresentação foi considerada uma das mais explosivas do festival, reunindo um público expressivo e entregando um show marcado por intensidade física, domínio de palco e forte conexão emocional com a plateia.
A performance em São Paulo teve papel simbólico dentro da narrativa de 2025. Diante de uma multidão, Boone demonstrou segurança artística e repertório pensado para grandes festivais, confirmando que já operava em escala global. A repercussão imediata nas redes sociais e na imprensa especializada reforçou a percepção de que sua ascensão havia ultrapassado o estágio de promessa.
Ainda em março, o reconhecimento da indústria veio de forma concreta: “Beautiful Things” foi eleita Canção do Ano no iHeartRadio Music Awards 2025, consolidando o impacto da faixa nas rádios e plataformas. Entre o sucesso crítico, a resposta do público brasileiro e a validação institucional, o mês funcionou como um divisor de águas — deixando claro que 2025 seria, de fato, o ano da virada definitiva na carreira de Benson Boone.
Coachella e o anúncio de “American Heart”
Abril entrou para a história da carreira de Boone. Durante sua apresentação no Coachella 2025, o cantor anunciou oficialmente o álbum “American Heart” e protagonizou um dos momentos mais comentados do festival ao dividir o palco com Brian May, do Queen.
A apresentação foi interpretada como um rito de passagem simbólico: o encontro entre uma nova estrela do pop-rock e um ícone absoluto da música mundial. Poucos dias depois, o single “Mystical Magical” chegou às plataformas, reforçando a sonoridade expansiva que marcaria o disco.
Maio: prêmios, TV e a confirmação da turnê de arenas
Maio foi um dos meses mais intensos do ano. Benson Boone recebeu o BMI Champion Award, reconhecimento dado a artistas com impacto expressivo tanto criativo quanto comercial. Na sequência, anunciou oficialmente a American Heart World Tour, agora em formato de arenas, sinalizando a mudança de escala de sua operação ao vivo.
A presença em programas de grande audiência, como o Saturday Night Live, e a participação no American Music Awards 2025, onde apresentou “Mystical Magical”, mantiveram seu nome em evidência constante.
Junho: o lançamento do álbum e resultados globais
O ponto alto de 2025 chegou em junho com o lançamento de “American Heart”. O álbum estreou em 2º lugar na Billboard 200, liderou o ranking de Top Album Sales nos Estados Unidos e alcançou o 1º lugar na Austrália e na Nova Zelândia, confirmando o alcance internacional do projeto.
Singles como “Mr. Electric Blue” ajudaram a sustentar a narrativa do disco, enquanto “Beautiful Things” seguia demonstrando fôlego raro ao permanecer entre as músicas mais tocadas do ano, inclusive em listas de encerramento semestrais.
Festivais lotados e força no palco
Julho consolidou Benson Boone como um artista plenamente preparado para grandes audiências. Em meio à temporada de festivais internacionais, o cantor se apresentou em eventos de grande porte na Europa e na América do Norte, com destaque para shows realizados diante de públicos próximos a 90 mil pessoas — performances que reforçaram sua reputação como um dos nomes mais intensos e carismáticos da nova geração do pop.
Foi também em julho que Boone viveu um marco simbólico em sua relação com o rádio adulto contemporâneo. No dia 4 de julho, data em que se celebra a Independência dos Estados Unidos, o cantor estreou oficialmente na programação da Rádio Antena 1 com a canção “Mystical Magical”. A entrada da faixa no dial brasileiro reforçou o alcance internacional do artista e marcou sua aproximação com um público mais amplo, conectado à tradição do rádio e à curadoria musical.
A coincidência entre a data histórica norte-americana e a estreia na programação da Antena 1 funcionou como um reflexo do momento vivido por Benson Boone em 2025: um artista em plena expansão global, atravessando fronteiras de mercado, formato e geração, e consolidando seu espaço não apenas nas plataformas digitais, mas também no rádio — território fundamental para a longevidade do pop.
Em agosto, teve início oficial a American Heart World Tour, marcando o começo de uma longa maratona de shows em arenas, com ingressos esgotados em diversas cidades.
Turnê internacional e presença constante na mídia
Setembro e outubro foram dominados pela estrada. A turnê manteve Benson Boone em circulação constante na mídia, com destaque para performances elogiadas e uma base de fãs em crescimento fora dos Estados Unidos. Mesmo notícias pontuais, como ajustes de agenda e questões vocais, acabaram reforçando a dimensão do projeto e o interesse contínuo do público.
Novembro entre imprevistos e eventos especiais
Em novembro, o cantor voltou aos noticiários ao cancelar uma apresentação no Reino Unido por recomendação médica, episódio amplamente repercutido por acontecer poucas horas antes do show. Pouco depois, retomou a agenda e participou de um evento especial no Kennedy Space Center, nos Estados Unidos, ampliando sua imagem para além do circuito tradicional de música.
O encerramento do trecho europeu da turnê também foi tratado como um marco simbólico de um ano exaustivo e bem-sucedido.
O músico escreveu a emoção ao final dos shows:
"Ainda não consigo compreender completamente o que foram os últimos meses. Esta turnê foi a experiência mais bonita e mais cheia de energia de toda a minha vida. Desde o primeiro desenho que fiz desse palco no meu caderno, quase dois anos atrás, até a equipe desmontando tudo pela última vez em Estocolmo, esta turnê — e cada show que fez parte dela — ocupou minha mente a cada segundo nesse intervalo e continuará presente por muitos anos.
Obrigado a todos que estiveram comigo, aos fãs que transformaram essas noites em algo muito maior do que apenas um show. Vocês fizeram disso um lar. Nunca, jamais, vou conseguir agradecer o suficiente por tudo o que vocês me permitem fazer com a minha voz. Prometo que voltarei em breve. Já sinto saudade — e, para ser sincero, eu já sentia falta de vocês antes mesmo do último show começar.
Obrigado. Obrigado, obrigado, obrigado.”
Um fã comentou:
“Vi você em Amsterdã. Nunca ouvi uma voz tão incrível e tão saudável (!!). Fiquei profundamente impressionado com suas habilidades!” — Jim Bakkum
Dezembro: encerramento em clima de superstar global
Dezembro fechou 2025 em tom grandioso. Benson Boone foi uma das atrações musicais do Abu Dhabi Grand Prix, evento de alcance global, e apareceu nos rankings de fim de ano da Billboard, com “Beautiful Things” figurando entre as músicas mais importantes de 2025.
Outros singles lançados ao longo do ano também marcaram presença nas listas anuais, comprovando que o sucesso não se apoiou em um único hit, mas em um conjunto consistente de lançamentos.
Um ano que redefine a carreira
Ao final de 2025, Benson Boone encerra o ano com um status muito diferente daquele de janeiro. O cantor passou da promessa à consolidação, combinando repertório forte, performance de alto impacto, reconhecimento da indústria e conexão com o público global.
Para a Rádio Antena 1, 2025 foi o ano em que Benson Boone deixou de ser apenas um nome em ascensão para se firmar como um dos artistas mais relevantes do pop internacional contemporâneo — com tudo para seguir dominando playlists, palcos e manchetes nos próximos anos.


