BHP diz a investidores que oferta pela Anglo é 'estratégica'
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Por Melanie Burton e Scott Murdoch
SYDNEY (Reuters) - A BHP afirmou aos investidores australianos que sua oferta de 39 bilhões de dólares pela Anglo American está de acordo com sua estratégia, e que a empresa será disciplinada em sua abordagem, disseram duas fontes de fundos.
O maior grupo de mineração listado do mundo está avaliando seu próximo passo depois que sua proposta inicial de aquisição de seu concorrente menor foi rejeitada pela Anglo na semana passada.
'Eles não puderam dizer muito, mas continuaram reiterando que precisam ser disciplinados', disse um gerente de portfólio de um fundo que falou com a equipe de relações com investidores da BHP na segunda-feira.
Ambos os investidores da BHP disseram que viam valor em um acordo, dada a qualidade dos ativos de cobre da Anglo e os preços de longo prazo do cobre, e que estariam abertos à possibilidade de a BHP aumentar sua oferta. Eles não quiseram se identificar, pois as conversas eram privadas.
'Estamos receptivos ao acordo. Potencialmente, daríamos nosso apoio se a BHP aumentasse sua oferta', disse o primeiro investidor.
Em um processo paralelo, o UBS, consultor da BHP, começou a marcar reuniões com gestores de fundos para esta semana, segundo três fontes com conhecimento direto do assunto.
As negociações indicam o esforço que a BHP está fazendo para ajustar uma proposta revisada para a Anglo.
A Reuters informou no fim de semana, citando uma fonte, que a BHP está considerando uma nova oferta pela Anglo, listada em Londres.
As reuniões com investidores que estão sendo solicitadas pelo UBS vão se concentrar na obtenção de detalhes sobre como os acionistas da BHP acham que uma segunda oferta deve ser estruturada, disse a primeira fonte. Esse feedback seria então devolvido à BHP, acrescentou a fonte.
As fontes não quiseram ser identificadas, pois as informações que estão sendo discutidas não são públicas.
A BHP e a Anglo não quiseram comentar. O UBS não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
(Reportagem de Scott Murdoch e Lewis Jackson em Sydney, Melanie Burton em Melbourne e Clara Denina em Londres)
Escrito por Reuters
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