Câmara hiperbárica pode ajudar a reparar tecidos do corpo humano em tempo recorde
Instituição Pública da Argentina é a primeira a usar a máquina com esse objetivo
Larissa Valença
07/01/2019
Segundo publicação do jornal argentino ''Clarín’’, em um hospital público do país, uma câmara hiperbárica vem se mostrando capaz de reparar tecidos em um tempo mais curto.
A máquina, que está funcionando há alguns meses, já ajudou pacientes a se recuperarem, de acordo com especialistas.
Esses recursos, geralmente, são usados para outros fins, e atualmente, ainda pouco se sabe sobre as chances que a ferramenta pode oferecer para melhorar e até mesmo curar ferimentos na pele, como no caso de queimaduras por fogo e gelo ou radiação e feridas cortantes, tanto agudas quanto crônicas.
Mas, afinal, como funciona?
Basta o paciente deitar em uma maca, dentro da máquina, portando uma máscara de oxigênio e permanecer fazendo a terapia por uma hora. Segundo relatos, a alternativa não é dolorida, porém pode gerar certo incômodo nos ouvidos, como aquele sentido ao decolar um avião.
A atmosfera, então, é pressurizada com ar até chegar a 1.45 atmosferas (o normal é estar a um atmosfera).
Para Mercedes Portas, chefe do departamento de Cirurgia plástica e queimados do hospital, ao aumentar a pressão atmosférica, o oxigênio alcança todos os tecidos e células independentemente da circulação. Ou seja, chega a regiões onde as artérias estão obstruídas ou danificadas. Isso faz com que os tecidos se reparem de modo mais veloz.
Ela ainda coloca que em alguns casos o uso da tecnologia pode fazer com que certos pacientes se recuperem em menos da metade do tempo previsto.
O item está beneficiando alguns pacientes do local, que sofreram com queimaduras ou feridas cortantes.
De acordo com Mariana Cannellotto, médica clínica e presidente da Associação Argentina de Medicina Hiperbárica e Pesquisa, além de diminuir o tempo de cicatrização, o método, também, diminui o risco de superinfecção.


