Conheça a dieta da saúde planetária
O modelo alimentar pode ser benéfico ao planeta e aos habitantes, e não retira a carne e os laticínios totalmente do cardápio
Larissa Valença
17/01/2019
Segundo publicação da rede BBC, cientistas, ao tentar encontrar um meio de alimentar mais 10 bilhões de pessoas nas próximas décadas, tendo em vista que a população mundial está crescendo, acabaram encontrando uma dieta que, segundo os pesquisadores, tem o potencial de salvar vidas, dando de comer aos indivíduos que vão surgir, sem ocasionar danos exorbitantes ao planeta.
Um detalhe interessante é que o modelo não exclui totalmente a carne e os laticínios. Porém, é necessário realizar uma grande modificação relativa ao tamanho das porções e se ater ao que realmente é colocado no prato.
No caso, para os adeptos da carne vermelha, não será necessário cortá-la completamente, e sim reduzir o seu consumo. Para aqueles que comem o item diariamente, será preciso ingerir apenas um hambúrguer por semana ou um bife grande por mês.
Ao seguir a dieta, é possível, também, consumir semanalmente certas porções de peixe e frango. Porém, a grande fonte de proteína está nas verduras e legumes.
Algumas das recomendações são: consumir nozes e uma boa porção de leguminosas diariamente, o que inclui feijões, grão de bico e lentilhas.
Outra indicação é: comer bastante frutas, verduras e legumes, que devem ser, basicamente, a metade de cada refeição.
Aliás, há mais uma restrição voltada agora aos "legumes ricos em amido", como batata e aipim.
Veja a dieta:
- Nozes - 50g por dia
- Feijão, grão de bico, lentilhas e outras leguminosas - 75g por dia
- Peixe - 28g por dia
- Ovos - 13g por dia (pouco mais de um por semana)
- Carne - 14g de carne vermelha por dia e 29g de frango por dia
- Carboidratos - 232g por dia de grãos integrais, como pão e arroz, e 50g por dia de legumes e verduras ricos em amido
- Laticínios - 250g, o equivalente a um copo de leite
- Legumes (300g) e frutas (200g)
A dieta permite consumir 31g de açúcar e cerca de 50g de óleos, como azeite.
Mas, você deve estar se perguntado como esse regime visa proteger as pessoas, propriamente?
De acordo com os pesquisadores, estima-se que cerca de 11 milhões de pessoas morram a cada ano em países desenvolvidos, em grande parte, por conta de enfermidades, como ataques cardíacos, derrames e certos tipos de câncer, todas essas doenças estão associadas a dietas não saudáveis. É aí que o modelo pode fazer a diferença...
Então, em resumo, a ideia dos cientistas é, de fato, conseguir prover recursos suficientes para alimentar a população, à medida que ela cresça, e ao mesmo tempo, visa beneficiar o meio ambiente. Conseguindo atenuar as emissões de gases de efeito estufa responsáveis pelas mudanças climáticas, impedir a extinção de espécies, não ampliar as terras agrícolas e preservar a água.
Porém, somente essa medida ainda não é suficiente. Também, seria crucial, por exemplo, minimizar bastante o desperdício de comida.


