DAMIANO DAVID ENCANTA FÃS EM SHOW LOTADO EM SÃO PAULO

Na última sexta-feira (7/11), Damiano David viveu um daqueles momentos que parecem inaugurar um novo capítulo. No palco do Tokio Marine Hall, em São Paulo, o vocalista do Måneskin em carreira solo apresentou sua fase solo diante de uma plateia entusiasmada — e deixou claro que o tom agora é outro.

Menos guitarras, mais sintetizadores. Menos provocação rock, mais pop elegante e emocional. O público percebeu e aprovou.

Uma noite de estreia e de entrega total

Os ingressos estavam esgotados havia semanas, e o clima de expectativa era perceptível desde antes da abertura das portas. Quando as luzes se apagaram, Damiano surgiu de terno preto, sorriso contido e um novo gesto corporal — mais dançante, mais próximo do público.

“Born With a Broken Heart” abriu o set, e em poucos minutos a casa inteira já cantava em coro. Vieram “The First Time”, “Next Summer” e “Perfect Life”, todas do álbum Funny Little Fears, lançado em maio, que consolida o cantor nessa virada pop.

O show: hits, covers e um novo carisma

Entre as músicas próprias, Damiano surpreendeu com versões de “Locked Out of Heaven” (Bruno Mars) e “Nothing Breaks Like a Heart” (Mark Ronson). Os covers não soaram como concessões, mas como uma declaração estética — a confirmação de que o artista está em outra frequência.

A performance foi enxuta e envolvente, com poucos discursos e muita intensidade. O vocal, ainda potente e rasgado, agora se encaixa em arranjos mais melódicos, quase confessionais.

Reação dos fãs e da crítica

No Bandsintown, uma das primeiras avaliações pós-show resumiu o sentimento geral: “Inacreditável esse show. Damiano é do início ao fim do show perfeito”.

A crítica já vinha apontando essa mudança de direção desde o lançamento de Funny Little Fears, mas, ao vivo, a transição se confirma com mais força — há vulnerabilidade, humor e charme.

O site We In The Crowd, que acompanha a turnê, definiu o espetáculo como um “retrato perfeito da passagem do rock ao pop”.

O novo caminho de Damiano

Se no Måneskin ele era a faísca do caos, agora se apresenta como intérprete refinado, com olhar voltado à canção e ao público. O carisma permanece, mas o discurso mudou: o Damiano David de 2025 parece buscar intimidade em vez de rebeldia.

A Funny Little Fears World Tour segue agora pela América do Sul e América do Norte, com datas em Santiago, Buenos Aires, Bogotá e Cidade do México, antes de desembarcar em cidades como Los Angeles, Toronto e Nova York.

A turnê segue pelas américas

Depois da passagem por São Paulo, Damiano David continua levando a Funny Little Fears World Tour pela América do Sul. E hoje (11 de novembro), o cantor se apresenta no Complejo C Art Media, em Buenos Aires (Argentina), em mais uma noite de ingressos esgotados.

Na sequência, a agenda segue com shows em:

13/11 — Bogotá (COL), Teatro Royal Center
15/11 — Cidade do México (MEX), Autódromo Hermanos Rodríguez
17/11 — Cidade do México (MEX), Auditorio BB

A partir do fim de novembro, o artista parte para a América do Norte, com apresentações em:

21/11 — Seattle (EUA), Paramount Theatre
23/11 — San Francisco (EUA), The Masonic
25/11 — Los Angeles (EUA), The Wiltern
29/11 — Chicago (EUA), Riviera Theatre
30/11 — Detroit (EUA), The Fillmore Detroit
02/12 — Toronto (CAN), Coca-Cola Coliseum
04/12 — Montreal (CAN), M Telus
06/12 — Philadelphia (EUA), The Fillmore
08/12 — Brooklyn/NYC (EUA), Brooklyn Paramount
16/12 — Silver Spring (EUA), The Fillmore

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Nota do editor

Crédito da imagem: Damiano David em apresentação no Tokio Marine Hall, em São Paulo (7/11). Fonte: Redes sociais oficiais.

Acompanhar a rápida evolução de Damiano David — do jovem vocalista do Måneskin, banda que ganhou projeção nacional ao participar do X Factor Italia (2017), quando surpreendeu jurados com sua energia contagiante e vocal poderoso — até este novo capítulo solo, revela mais do que uma mudança de estilo. É a consolidação de uma personalidade artística autêntica, elegante e confiante, com total domínio de palco e um carisma quase hipnótico diante dos fãs.

Assistir a essa transição é testemunhar um momento da história da música italiana que volta a conquistar o mundo, como há muito tempo não se via. Nomes como Eros Ramazzotti, Zucchero, Andrea Bocelli e Il Volo abriram esse caminho. Damiano agora o percorre com linguagem própria — moderna, intensa e global.

Para quem acompanha de perto a consolidação desse novo fenômeno ‘Made in Italy’, especialmente em um ano em que Laura Pausini também brilhou nos palcos internacionais, a sensação é clara: estamos diante de um raro momento de renascimento e projeção da música italiana no cenário mundial.