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Egito vai às urnas em referendo que pode manter Sisi no poder até 2030

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Por Yousef Saba e Mahmoud Mourad

CAIRO (Reuters) - Os egípcios foram às urnas neste sábado para um referendo sobre mudanças constitucionais que podem permitir que o presidente, Abdel Fattah al-Sisi, permaneça no cargo até 2030, além de ampliar as funções das Forças Armadas.

Os partidários de Sisi dizem que as mudanças são necessárias para dar a ele mais tempo para desenvolver grandes projetos e reformas econômicas. Críticos alegam que o governo tenta concentrar ainda mais poder nas mãos de Sisi e levar o Egito de volta ao passado autoritário.

Embora a expectativa seja de aprovação das mudanças, observadores afirmam que o resultado será um teste para a popularidade de Sisi, que caiu desde 2016 devido às medidas de austeridade adotadas pelo seu governo. O presidente foi reeleito no ano passado com 97 por cento dos votos, mas apenas 41 por cento dos eleitores apareceram nas seções.

A pequena, porém barulhenta, oposição pediu que seus partidários votem contra as mudanças, em vez de boicotar as urnas, como fizeram na eleição presidencial.

Os ex-candidatos à Presidência Hamdeen Sabahy e Khaled Ali postaram fotos com cédulas de votação marcadas no 'Não'.

Pessoas carregando bandeiras e vestindo camisetas com os dizeres 'Faça a coisa certa' – slogan impresso em milhares de pôsteres pela capital – fazem campanha pelo 'Sim'.

Um ônibus de dois andares com músicas enaltecendo o patriotismo circulou do lado de fora das zonas eleitorais perto da praça Tahrir, no Cairo, epicentro da revolta que encerrou a presidência de Hosni Mubarak após 30 anos, em 2011.

'Creio que tudo que o presidente fez foi pelo bem do país, e creio que queremos que essa marcha continue', disse Mona Quarashi, chefe de uma ONG local, antes de votar no Cairo.

Se aprovadas, as emendas estenderão o atual mandato de Sisi para seis anos, contra quatro atualmente, e permitirão que ele concorra novamente para o terceiro mandato em 2024.

As emendas também darão ao presidente o controle sobre a indicação de juízes da Suprema Corte e o procurador-geral da República, a ser escolhido a partir de uma lista de candidatos.

As mudanças também delegariam aos militares a função de 'proteger a constituição e a democracia e a formação fundamental do país e sua natureza civil'. Opositores afirmam que as mudanças estão sendo aceleradas sem debate público. Autoridades alegam que todos os egípcios puderam debater as emendas, e que todas as visões se transformaram em propostas votáveis.

'Essa é a pá de cal em todas as ambições que tivemos depois da revolução de 2011', disse Khaled Dawoud, membro do Movimento Civil Democrático, de oposição.

Sisi assumiu o poder após articular, como ministro da Defesa, a remoção de Mohamed Mursi, membro da Irmandade Muçulmana, da Presidência, em 2013. Ele foi eleito presidente um ano depois e reeleito no ano passado.

Sob a batuta de Sisi, o Egito tem reprimido dissidentes como nunca na história recente, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos. A imprensa e as redes sociais são controladas de perto pelo governo.

Cerca de 61 milhões dos 100 milhões de egípcios são elegíveis para votar. A eleição vai até segunda-feira, e os resultados devem sair nos dias seguintes.

Escrito por Thomson Reuters

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