Especialista explica como o botox poda ajudar na recuperação de um AVC
O produto, aprovado pela Anvisa, tem diferentes tipos de usos.
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No Brasil, o AVC (acidente vascular cerebral) é a primeira causa de incapacidade. Que um estilo de vida saudável tem papel essencial para prevenir a doença, muitos já sabem. Mas o que faz a diferença na recuperação de um paciente que sofreu um derrame?
Uma palestra no Rio de Janeiro, dada por Gerard Francisco, diretor médico do Memorial Hermann Rehabilitation Network e professor da Universidade do Texas, teve justamente este tema.
Nos Estados Unidos, a cada 40 segundos uma pessoa sofre derrame e uma morre a cada quatro minutos. O campo de Francisco é o tratamento da rigidez que acomete os músculos após um AVC. E ele enfatiza que iniciar na hora certa a aplicação de toxina botulínica, o conhecido botox da dermatologia estética, previne uma série de complicações.
A toxina botulínica já é empregada há 30 anos. Aprovada pela Anvisa desde 1992, o procedimento faz parte do SUS e está incluído na cobertura dos planos de saúde.
E é importante que a aplicação do botox seja feita em um prazo que maximize seus benefícios. “A espasticidade dificulta a recuperação das funções. A rigidez dos músculos chega a um patamar que prejudica o trabalho do fisioterapeuta, que não consegue realizar os exercícios necessários. Depois de tratar a espasticidade, melhoram as chances de êxito para a fisioterapia, por isso é indispensável combinar a toxina com a estimulação e a reabilitação motora. Ao contrário do que pacientes e familiares às vezes pensam, essa rigidez não significa força, na verdade mascara a fraqueza”, explicou.
O botox pode ser utilizado em qualquer músculo do corpo afetado pela rigidez e o medicamento começa a agir em 72 horas. A melhora surge, em média, em 15 dias e atinge seu pico em um mês. Geralmente, as aplicações são feitas a cada três meses.
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