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Líderes de protestos na França pedem que agricultores voltem para casa após promessas do governo

Placeholder - loading - Primeiro-ministro francês Gabriel Attal fala em entrevista coletiva de imprensa em Paris 01/02/2024 REUTERS/Benoit Tessier
Primeiro-ministro francês Gabriel Attal fala em entrevista coletiva de imprensa em Paris 01/02/2024 REUTERS/Benoit Tessier

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Por Sudip Kar-Gupta e Tassilo Hummel

PARIS (Reuters) - Os principais líderes de sindicatos de produtores rurais da França pediram nesta quinta-feira que a categoria desfaça bloqueios em estradas, que estão causando problemas no tráfego de veículos no país há mais de duas semanas, dizendo que o governo ouviu suas reivindicações e que ´é “hora de ir para a casa”.

“Dizemos que devemos transformar pela ação, dizendo às pessoas que elas precisam ir para as suas casas, porque existem outras pessoas que têm trabalhos a fazer, e há aquelas que estão longe de casa há muito tempo”, afirmou Arnaud Rousseau, chefe do sindicato FNSEA.

Em seu último discurso, que teve o objetivo de aliviar a tensão com os agricultores, o primeiro-ministro do país, Gabriel Attal, afirmou que a França deve consagrar em lei o princípio de ser autossuficiente em alimentos e que irá reforçar o controle às importações.

Em coletiva de imprensa, Attal também afirmou que o país vai parar de impor aos seus agricultores marcos regulatórios mais restritos do que aqueles exigidos pela União Europeia.

“Não faz sentido proibir pesticidas na França antes de tais decisões serem tomadas no âmbito da UE. Aboliremos essa prática”, disse.

Ao detalhar sua agenda para o setor do agro francês, o maior da Europa, Attal afirmou que “está fora de questão” a França concordar com o acordo comercial com o Mercosul. Ele também disse que o país aumentará as inspeções de segurança sobre importação de alimentos, para assegurar que eles não tenham traços de pesticidas que são proibidos na França e na UE.

O ministro das Finanças disse que as medidas de emergência para o setor, focalizadas em ajudar pecuaristas e produtores de vinho em dificuldades, custariam 400 milhões de euros, além de outros 200 milhões de euros em adiantamentos.

Líderes sindicais afirmaram, após o discurso, que a solicitação de fim dos bloqueios é condicionada ao progresso efetivo das promessas. Serão dadas ao governo três semanas para que os primeiros resultados apareçam, antes do início da grande feira do agro Salon de l'Agriculture.

“A partir de segunda-feira, vamos trabalhar nas prefeituras e ministérios para verificar todos os pontos que foram anunciados”, disse Arnaud Gaillot, chefe do sindicato Jovens Produtores.

Não se sabe, contudo, se todos os produtores que tomaram as ruas franceses seguem a liderança dos dois maiores sindicatos que representam o setor. Muitos deles não são sindicalizados.

Durante o discurso de Attal, estradas de toda a França permaneciam bloqueadas por tratores. Em Bruxelas, produtores agrícolas atearam fogo em sacos de lixo e derrubaram uma estátua no bairro sede da União Europeia durante a cúpula do bloco.

Em coletiva de imprensa após o encontro, o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a UE precisa mudar “profundamente” suas regras de agricultura se quiser resolver a crise do setor.

(Reportagem de Dominique Vidalon, Tassilo Hummel e Geert De Clercq)

Escrito por Reuters

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