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Macron sobrevive a votação de desconfiança por pouco, mas terá mais desafios pela frente

Placeholder - loading - Integrantes de esquerda da Assembleia Nacional se manifestam após primeira votação de desconfiança contra primeira-ministra 20/03/2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes
Integrantes de esquerda da Assembleia Nacional se manifestam após primeira votação de desconfiança contra primeira-ministra 20/03/2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes

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Por Elizabeth Pineau e Layli Foroudi

PARIS (Reuters) - O governo do presidente francês Emmanuel Macron sobreviveu por pouco a uma moção de desconfiança na Assembléia Nacional nesta segunda-feira, depois de contornar a câmara baixa do Parlamento para promover uma mudança profundamente impopular sobre o sistema previdenciário, e que aumentará a idade de aposentadoria no país.

O resultado é um alívio para Macron: uma votação bem-sucedida de desconfiança teria afundado seu governo e matado a legislação, que deve aumentar a idade da aposentadoria em dois anos, para 64.

Mas o alívio pode ter vida curta.

A votação foi mais apertada do que o esperado: 278 deputados votaram a favor do movimento tripartidário de desconfiança, apenas nove aquém dos 287 votos necessários para que ela fosse bem-sucedida.

Além disso, sindicatos e manifestantes prometeram continuar com greves e protestos contra a reforma da pensão.

Observadores dizem que o fracasso de Macron em encontrar apoio suficiente no Parlamento para colocar suas propostas para o setor previdenciário em votação já minou sua agenda reformista, e enfraqueceu sua liderança.

Assim que o placar apertado da votação foi anunciado, os parlamentares do partido de esquerda França Insubmissa (LFI), pediram a renúncia da primeira-ministra Elisabeth Borne e ergueram cartazes que diziam: 'Nós nos encontraremos nas ruas'.

'Nada está resolvido, continuaremos fazendo tudo o que podemos para que essa reforma seja retirada', disse a líder da bancada da LFI, Mathilde Panot, a repórteres.

Manifestações violentas entraram em erupção em todo o país nos últimos dias, e os sindicatos prometeram intensificar suas ações de greve, deixando Macron para enfrentar o desafio mais perigoso de sua autoridade desde a revolta dos 'coletes amarelos', há mais de quatro anos.

Um nono dia nacional de greves e protestos está programado para a próxima quinta -feira.

'Nós nos encontraremos novamente na quinta-feira', disse Helene Mayans, da central CGT, de esquerda, em uma manifestação no centro de Paris. Houve vaias no comício após o resultado da votação e cânticos de 'greves' e 'bloqueio'. Um repórter da Reuters viu a polícia lançar bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que procuraram marchar para além da praça onde a manifestação estava ocorrendo.

Os partidos da oposição também contestarão o projeto no Conselho Constitucional, que poderá decidir derrubar parte ou tudo isso - se considerar que viola a Constituição.

Uma segunda moção de desconfiança, apresentada pelo partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional também fracassou, depois de conseguir apenas 94 votos. Outros partidos de oposição disseram que não votariam a favor.

(Reportagem de Elizabeth Pineau, Sybille de la Hamaide, Benoit Van Overstraeten, Geert de Clercq, Layli Foroudi)

Escrito por Reuters

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