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Oficiais do Exército dizem que tomaram poder na Guiné-Bissau

Oficiais do Exército dizem que tomaram poder na Guiné-Bissau

Reuters

26/11/2025

Placeholder - loading - Imagem aérea feita por drone mostra estátua de Amílcar Lopes Cabral, líder anticolonial que liderou o movimento de independência de Guiné-Bissau, em Bissau 24/11/2025 REUTERS/Luc Gnago
Imagem aérea feita por drone mostra estátua de Amílcar Lopes Cabral, líder anticolonial que liderou o movimento de independência de Guiné-Bissau, em Bissau 24/11/2025 REUTERS/Luc Gnago

Atualizada em  26/11/2025

BISSAU (Reuters) - Um grupo de oficiais do Exército disse que tomou o poder na Guiné-Bissau, país propenso a golpes de Estado, nesta quarta-feira, na véspera do anúncio esperado dos resultados de uma eleição presidencial muito disputada.

Em um comunicado lido na televisão estatal, os oficiais do Exército disseram que haviam deposto o presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendido o processo eleitoral, fechado as fronteiras e imposto um toque de recolher.

Eles disseram que haviam formado o 'Alto Comando Militar para a Restauração da Ordem' e que estariam no comando da nação da África Ocidental até segunda ordem.

TIROTEIO NA CAPITAL ANTES DO ANÚNCIO

Pouco antes do anúncio, houve tiroteios perto da sede da comissão eleitoral, do palácio presidencial e do Ministério do Interior, segundo testemunhas. O tiroteio durou cerca de uma hora, mas parece ter cessado por volta das 11h (horário de Brasília), segundo um jornalista da Reuters.

Ainda não havia notícias de vítimas.

A comissão eleitoral deveria anunciar na quinta-feira os resultados provisórios da eleição de domingo, na qual Embaló enfrentou o principal concorrente Fernando Dias.

Ambos os lados reivindicaram vitória no primeiro turno da votação.

Embaló estava tentando se tornar o primeiro presidente em três décadas a ganhar um segundo mandato consecutivo na Guiné-Bissau, uma pequena nação costeira entre o Senegal e a Guiné.

Não foi possível contatá-lo imediatamente.

Um porta-voz de Embaló, António Yaya Seidy, disse à Reuters que homens armados não identificados atacaram a comissão eleitoral para impedir o anúncio dos resultados da votação.

Ele disse que os homens eram afiliados a Dias, sem fornecer provas. Um porta-voz de Dias não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, que perdeu para Embaló em um segundo turno contestado em 2019 e apoiou Dias nesta eleição, disse que Dias não teve nada a ver com o incidente.

Dias estava se reunindo com observadores eleitorais quando 'algumas pessoas irromperam na sala para anunciar que havia tiros no centro da cidade', disse Pereira, que disse estar na mesma reunião.

Dias estava em segurança e em Bissau, disse Pereira.

A Guiné-Bissau foi abalada por pelo menos nove golpes e tentativas de golpe entre 1974, quando se tornou independente de Portugal, e 2020, quando Embaló assumiu o cargo.

Embaló disse que sobreviveu a três tentativas de golpe durante o seu mandato. Seus críticos o acusaram de fabricar crises como desculpa para repressões.

(Reportagem de Alberto Dabo; reportagem adicional de Ayen Deng Bior, Bate Felix, Ngouda Dione e Robbie Corey-Boulet)

Reuters

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