Órgãos são criados com impressora 3D para a realização de testes cirúrgicos
As peças parecem trazer benefícios para os médicos e pacientes
Larissa Valença
11/10/2018
Uma startup argentina, a Medical Design, apresentou recentemente seus órgãos desenvolvidos com impressoras 3D. O método propicia aos médicos praticarem espécies de ''testes cirúrgicos'', antes da operação, dessa forma, eles têm como analisar previamente tudo de forma mais certeira. O projeto foi desenvolvido por um design industrial e um estudante avançado de engenharia eletrônica.
O órgão é composto por um plástico rígido, porém, pode ter uma consistência flexível. Aliás, o material, chamado flex, possui uma textura muito semelhante à de uma parte do corpo, um tanto quanto elástico.
Em relação ao tempo de produção dos itens: Imprimir um coração, por exemplo, leva cerca de 23 horas. Já o tempo de desenho da peça pode variar entre um ou dois dias de consultoria.
Segundo Eliso Gumán, um dos sócios da empreitada, o intuito deles é que os profissionais da saúde possam usar os instrumentos cirúrgicos que vão utilizar na operação com a réplica do tumor, ou da área que será operada.
Em se tratando de intervenções de risco, o cirurgião pode se antecipar e trabalhar com o que vai encontrar. Aliás, algumas das vantagens ao paciente são: menos riscos e um melhor pós-operatório, então, de modo geral, a ferramenta pode impactar positivamente na qualidade de vida do doente. E a técnica possibilita a realização de cirurgias menos invasivas e mais precisas, favorecendo as taxas de êxito das operações.
A peça 3D é baseada em uma imagem médica (tomografia, ressonância). Os cirurgiões, também, são consultados e junto com a equipe, definem o modelo da área que sofrerá intervenção. Inclusive, as zonas- que serão seccionadas- podem ter cores diferente, para destacar o tumor do resto do órgão, por exemplo.


