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OUTUBRO ROSA: A prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama

Conheça mais sobre a conscientização da prevenção da doença

Placeholder - loading - Imagem/iStock: Mulher com fita rosa apoiando campanha de conscientização sobre o câncer de mama.
Imagem/iStock: Mulher com fita rosa apoiando campanha de conscientização sobre o câncer de mama.

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O mês de outubro se inicia e, assim anualmente, diversas campanhas de prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama são desenvolvidas e divulgadas.

Com a chegada do mês rosa, o objetivo principal é alertar todas as mulheres, e também a sociedade, do quão importante é se conscientizar quanto a essa doença que é a primeira causa de morte na população feminina em todas as regiões do Brasil.

Vale também destacar que este é o período em que mais se incentiva as mulheres a frequentarem o médico e realizarem a mamografia, além de estimular o autoexame das mamas.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), “a data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.”.

História Outubro Rosa

Que o mês de outubro é dedicado a essa causa, todos já sabem, mas é importante saber o motivo pelo qual ele foi escolhido.

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A campanha surgiu inicialmente nos Estados Unidos, na década de 90, quando alguns estados faziam campanhas isoladas sobre o tema que só foram reconhecidas com a aprovação do Congresso Americano.

Naquele ano ocorreu o evento chamado “Corrida pela cura”, na cidade de Nova Iorque, a fim de arrecadar fundos para a pesquisa realizada pela instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation. Neste dia, foram entregues aos participantes, diversos laços cor-de-rosa, tornando- se posteriormente um símbolo internacional. Depois disso, passou a ser distribuído em locais públicos, desfiles de moda e em outros eventos, se tornando o símbolo oficial da campanha mundial.

A campanha chegou em território brasileiro no ano de 2002. A primeira vez que o movimento foi veiculado foi quando um grupo de mulheres, em colaboração com uma marca de cosméticos europeia, adornou com luzes cor-de-rosa o Obelisco do Ibirapuera, localizado na cidade de São Paulo.

Alguns anos depois, em 2008, uma variedade de entidades aderiram ao Outubro Rosa e promoveram a iluminação de seus monumentos, incluindo Brasília-DF, Poços de Caldas-MG, Porto Alegre-RS, Salvador-BA, Santos-SP e Teresina-PI. Vale lembrar que foi neste ano que um dos maiores pontos turísticos do país, o Cristo Redentor, localizado no Rio de Janeiro, se tornou cor-de-rosa pela primeira vez.

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O INCA, entrou para a campanha em 2010, promovendo espaços de discussão e conscientização sobre a doença, como eventos técnicos, debates e apresentações etc. A partir do ano seguinte, a prevenção sobre o colo do útero também foi incluída nas ações de diversos estados.

Câncer de Mama


O câncer de mama acomete mulheres na maioria dos casos. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do INCA, no ano de 2021 foram estimados cerca de 66.280 novos casos - o que representa 43,74 casos por 100.000 mulheres. Com o Outubro Rosa chegando é preciso mencionar a importância que os tratamentos complementares têm para as mulheres.

No entanto, uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Mastologia revelou que 70% das pacientes lidam com a rejeição de seus parceiros nesse momento, afetando a auto-estima em um momento onde é crucial o apoio incondicional. Tratamentos complementares ao câncer podem ser um auxílio para a perda de autoestima.

De acordo com o INCA, Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é a primeira causa de morte na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa essa posição. A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres, em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente (INCA/ 2022).

Brasil

Infelizmente, de acordo com pesquisas, as taxas de mortalidade por câncer de mama tendem a crescer no Brasil

Embora o alerta para casos de câncer de mama acenda em especial durante o mês de outubro, há motivo suficiente para preocupação ao longo do ano inteiro. Nas últimas décadas, analisando a série histórica das taxas de mortalidade pela doença no Brasil, a tendência geral é de aumento – segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), em julho deste ano.

Ainda segundo o Órgão, a taxa de mortalidade por câncer de mama no País, em 2020, ajustada pela população mundial, foi de 11,84 óbitos por 100 mil mulheres.

Já em relação aos diagnósticos, para 2022 a estimativa foi de 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. “As taxas brutas de incidência e o número de novos casos estimados são importantes para estimar a magnitude da doença no território e programar ações locais. Dessa forma, a situação é preocupante”, avalia a mastologista Karen Cristina Camarotto, professora de Medicina do Centro Universitário São Camilo – SP.

Camarotto reforça que a realização de exames-diagnósticos para a detecção precoce do câncer de mama faz com que aumente a chance de um tratamento efetivo e, consequentemente, a diminuição da mortalidade. O que agrava a situação, porém, é a demanda represada pela pandemia do Coronavírus.

Prevenção

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“Apenas de 5% a 10% dos casos de câncer de mama são causados por uma mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, que são alterações transmitidas de pais para filhos”, explicou a mastologista Viviane Fernandes Schiavon, médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e profissional da Divisão de Mastologia e Oncologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em uma entrevista concedida a Antena 1, ela enumerou alguns dos fatores de risco que estão por trás da maioria dos casos da doença:

  • Mulheres a partir dos 50 anos
  • Menstruação precoce (antes dos 12 anos)
  • Menopausa tardia (após os 55 anos)
  • Primeira gravidez após os 30 anos
  • Obesidade e sedentarismo
  • Alto consumo de bebidas alcoólicas

Erroneamente associados à doença, o uso de sutiã com aro e desodorantes não aumentam a incidência para o câncer de mama. Raciocínio semelhante se aplica à hipótese de que fazer biópsia para o diagnóstico do tumor “espalharia” as células no corpo. “Pelo contrário, quanto mais tempo demorarmos para diagnosticar, mais difícil será o tratamento”, explica a médica.

Geralmente, o primeiro sintoma do câncer de mama notado pelo paciente é o nódulo (tanto no caso das mulheres, quanto no dos homens – que representam apenas 1% dos quadros de câncer de mama no país). Pele da mama avermelhada ou retraída, saída de secreção de líquido anormal dos mamilos e ínguas nas axilas (espécies de “carocinhos”) também podem denunciar a doença.

Para além do autoexame, um dos principais instrumentos de controle e identificação desses sinais é a mamografia. “Só essa checagem consegue detectar tumores de mama em tamanhos bem pequenos, menores que 1 cm e, por isso, é a única maneira comprovada que realmente ajuda a reduzir o número de mortes pela doença”, explica Viviane, que também faz parte do corpo clínico da MamaCenter, em Ribeirão Preto.

Segundo o INCA, todas as mulheres entre 50 e 69 anos devem fazer a mamografia uma vez a cada dois anos. Outras sociedades médicas orientam iniciar esse rastreamento um pouco antes, a partir dos 40 anos, como é o caso da Sociedade Brasileira de Mastologia, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Se toda a população feminina realizasse o exame, disponível a partir dos 50 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), “o número de mortes pela doença seria significativamente reduzido” no país, avalia a mastologista.

Entre os benefícios do diagnóstico precoce, ela citou a possibilidade de aplicação de tratamentos menos agressivos. “Em termos de cirurgia, conseguimos fazer operações conservadoras, sem a necessidade de retirar toda a mama”, explica. A hormonioterapia, uma versão menos agressiva comparada à quimioterapia, também pode ser aplicada em quadros de tumores menores.

Ainda que a opção seja pela retirada total da mama, diversas técnicas atuais já conseguem reconstruir o membro, a exemplo de próteses, expansores ou uso de retalhos retirados do próprio organismo da paciente.

Como a doença incide de diferentes formas, seu tratamento é completamente personalizado. O importante, lembrou Viviane, é “que as mulheres percam o medo do diagnóstico para que consigam ser tratadas em tempo hábil”.

Para evitar a doença, ela recomendou aliar dois hábitos exaustivamente apontados por estudos como o segredo para uma vida mais saudável: dieta balanceada e prática regular de atividades físicas. Durante o tratamento, lembra, elas são igualmente válidas. “O apoio de familiares e amigos também é muito importante”, acrescenta.

O processo de tratamento dessa doença é muito difícil e intenso, por isso muitas mulheres lideram uma luta que acaba requerendo muita resiliência e resistência, além de ser um momento de dor física e mental. Dessa maneira, vale reforçar que é importante que as vítimas tenham apoio de seus próximos.

Lembre-se de que se você se enquadra conforme no perfil do Ministério da Saúde, realizar o autoexame de mama e a mamografia de rastreamento é primordial! Afinal se prevenir é um ato de amor com você, com a sua saúde e com todos aqueles que te amam.

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