Pesquisa mostra dados inéditos sobre a dermatite e novo medicamento para o tratamento
Segundo especialistas, a principal forma de amenizar os sintomas é a hidratação.
Letícia Furlan
06/05/2019
Pessoas que sofrem com dermatite atópica faltam no trabalho cerca de 21 dias por ano devido aos sintomas da doença. Isso é o que indica uma pesquisa inédita realizada em 2018 pelo instituto Ipsos com 200 pacientes brasileiros.
O levantamento foi feito a pedido da companhia biofarmacêutica global Sanofi em parceria com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) e com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Ainda de acordo com o estudo, 100% dos pacientes com dermatite atópica moderada a grave tiveram uma crise nos últimos 5 anos e 24% têm crises mensais decorrentes da doença, sendo a coceira o sintoma que mais incomoda.
Para a líder médica de área terapêutica da Sanofi, Suely Goldflus, entre os principais impactos da dermatite atópica estão coceira intensa e feridas que podem até chegar a infeccionar, causando desconforto nas atividades básicas do dia a dia.
A especialista ainda reforça que este é o primeiro levantamento brasileiro que mostra os impactos da dermatite atópica nos entrevistados e os desafios encontrados por eles para chegar ao diagnóstico e receber o tratamento adequado.
Tratamento
Para evitar, ou mesmo amenizar as crises, o tratamento deve ser realizado. No caso da dermatite atópica, nas fases mais agudas, pode ser necessário o uso de corticoides orais e tópicos. E a hidratação da pele é um fator importantíssimo e deve ser feita diariamente.
Segundo a Dra. Tatiane Curi, médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia e especialista em cosmiatria, existem produtos específicos para peles com o problema, com alta concentração de emolientes, com a combinação de água termal e ativos que preservam o manto hidrolipídico e diminuem a perda de água por essa camada.
Recentemente, um novo medicamento se tornou aliado dos pacientes que sofrem com a dermatite. Se trata do Dupixent, que atua diretamente nos mecanismos que causam a inflamação que caracteriza a doença.
“Esse é o primeiro tratamento a trabalhar nos processos inflamatórios que ocorrem nas camadas mais profundas da pele. Isso proporciona uma melhora importante no quadro clínico. Além disso, a medicação é segura, eficaz e pode ser utilizada a longo prazo”, explicou Suely Goldflus, líder médica da Sanofi, que comercializa o produto.
Segundo a médica, o remédio é indicado para pacientes que não podem utilizar ou que não respondem bem aos tratamentos tradicionais. Ele consiste em duas injeções subcutâneas no início do tratamento e uma repetição a cada catorze dias.
Dermatite seborreica
Na maioria dos casos, este outro tipo de dermatite pode ser tratado através de sabonetes e alguns tipos de ácidos. Além dos cuidados com a pele, não podemos esquecer que essa doença atinge principalmente o couro cabeludo. Portanto, inclua em seu tratamento um shampoo com ação intensiva anticaspa que ajude a controlar a oleosidade da região e evitar o reaparecimento dos flocos brancos.
Para ler mais notícias, curta a página Antena 1 News no Facebook!


