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Polícia do Haiti bloqueia ruas e invade aeroporto para protestar contra mortes de policiais

Placeholder - loading - Manifestante em um protesto pelos recentes assassinatos de policiais por gangues armadas, em Porto Príncipe, Haiti 26/01/2023 REUTERS/Ralph Tedy Erol
Manifestante em um protesto pelos recentes assassinatos de policiais por gangues armadas, em Porto Príncipe, Haiti 26/01/2023 REUTERS/Ralph Tedy Erol

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Por Steven Aristil e Harold Isacc

PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Policiais haitianos bloquearam ruas e invadiram o principal aeroporto do país, nesta quinta-feira, para protestar contra a recente morte de policiais por gangues armadas que estão expandindo seu controle sobre a nação caribenha.

Manifestantes à paisana, que se identificaram como policiais, primeiro atacaram a residência oficial do primeiro-ministro Ariel Henry, de acordo com uma testemunha da Reuters, e depois invadiram o aeroporto quando Henry chegava de uma viagem à Argentina.

Henry ficou temporariamente preso no aeroporto sem poder sair, mas voltou para sua residência em Porto Príncipe no final da quinta-feira, seguido por manifestantes da polícia. Uma testemunha da Reuters ouviu muitos disparos perto de sua casa.

A Polícia Nacional do Haiti e o Gabinete do primeiro-ministro não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Um vídeo filmado pela imprensa local mostrou um grupo de homens, alguns deles vestindo camisas com a palavra 'Polícia', discutindo acaloradamente com policiais uniformizados no aeroporto e depois parecendo passar pelos policiais sem lutar.

As estradas ao redor de Porto Príncipe e em várias cidades ao norte foram bloqueadas por manifestantes.

O grupo haitiano de direitos humanos RNDDH disse em comunicado que 78 policiais foram mortos desde que Henry chegou ao poder em julho de 2021, uma média de cinco a cada mês, dizendo que o primeiro-ministro e o chefe da polícia nacional Frantz Elbe eram 'responsáveis por cada uma das 78 vidas perdidas durante seu governo'.

'A história vai lembrar que eles não fizeram nada para proteger e preservar a vida desses agentes que escolheram servir ao seu país', acrescentou, pedindo à polícia que se lembre de seu dever de proteger o povo haitiano, apesar de suas 'frustrações'.

Na semana passada, quatro policiais perto da capital foram mortos pela gangue Vitelhomme, enquanto tiroteios na quarta-feira com a gangue Savien na cidade de Liancourt deixaram outros sete policiais mortos, segundo a Polícia Nacional do Haiti e relatos da imprensa local.

A Organização das Nações Unidas (ONU) avalia o envio de uma força de ataque estrangeira para enfrentar os grupos criminosos. A proposta foi feita originalmente há três meses, mas nenhum país se ofereceu para liderar tal força. O Brasil já comandou uma missão de paz da ONU no Haiti.

(Reportagem de Steven Aristil e Harold Isaac, em Porto Príncipe, e Brian Ellsworth, em Caracas)

Escrito por Reuters

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