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Premiê destituída de Bangladesh é condenada à morte por repressão a estudantes

Premiê destituída de Bangladesh é condenada à morte por repressão a estudantes

Reuters

17/11/2025

Placeholder - loading - Homem segura cartaz pedindo pena de morte para Sheikh Hasina, em Daca, Bangladesh  17/11/2025   REUTERS/Mohammad Ponir Hossain
Homem segura cartaz pedindo pena de morte para Sheikh Hasina, em Daca, Bangladesh 17/11/2025 REUTERS/Mohammad Ponir Hossain

Por Ruma Paul e Krishna N. Das

DACA (Reuters) - A primeira-ministra destituída de Bangladesh, Sheikh Hasina, foi condenada à morte nesta segunda-feira, ao final de um julgamento de meses que a considerou culpada por ordenar uma repressão mortal a uma revolta liderada por estudantes no ano passado.

As pessoas na sala de audiências lotada -- incluindo as famílias das vítimas -- aplaudiram, e algumas do lado de fora se ajoelharam e fizeram orações após o veredicto, o mais severo contra um líder na história do país.

Hasina -- que fugiu para a vizinha Índia em agosto de 2024, no auge da revolta contra seu governo -- emitiu uma declaração rejeitando a corte como um 'tribunal manipulado'.

O governo interino, liderado pelo ganhador do Prêmio Nobel Muhammad Yunus, descreveu-o como um 'veredicto histórico', mas pediu calma e advertiu que lidaria com qualquer desordem.

Após o veredicto, o Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh pediu à Índia que extradite Hasina e o ex-ministro do Interior Asaduzzaman Khan Kamal, que também foi condenado à morte no mesmo caso. A Índia disse que estava ciente do veredicto e que 'se envolveria de forma construtiva', sem entrar em mais detalhes.

CONFRONTOS COM MANIFESTANTES

Mais cedo, a polícia entrou em conflito com manifestantes que exigiam a demolição do que restou da casa do pai de Hasina. Grande parte dela foi destruída no ano passado.

A polícia e as forças paramilitares foram posicionadas em torno dos prédios do governo e do complexo do tribunal, e a segurança foi reforçada na capital e em outras grandes cidades.

O veredicto ocorre antes das eleições de fevereiro e o filho de Hasina advertiu no domingo que poderia haver violência se a proibição da candidatura de seu partido, a Liga Awami, não fosse suspensa.

Um relatório das Nações Unidas estimou que cerca de 1.400 pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas -- a maioria por tiros disparados pelas forças de segurança -- durante as manifestações contra o governo entre 15 de julho e 5 de agosto do ano passado, a pior violência política em Bangladesh desde a guerra de independência de 1971.

Reuters

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