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Presidente do Paraguai diz 'aceitar a briga' após ameaça de impeachment por polêmica sobre Itaipu

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro e presidente do Paraguai, Mario Abdo, em Foz do Iguaçu 10/05/2019 Marcos Correa/Presidência da República/Divulgação via REUTERS
Presidente Jair Bolsonaro e presidente do Paraguai, Mario Abdo, em Foz do Iguaçu 10/05/2019 Marcos Correa/Presidência da República/Divulgação via REUTERS

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Por Daniela Desantis

ASSUNÇÃO (Reuters) - O presidente do Paraguai, Mario Abdo, se viu ameaçado de impeachment na quarta-feira, menos de um ano depois de tomar posse, em razão de um escândalo sobre um acordo polêmico com o Brasil envolvendo a hidrelétrica de Itaipu.

A oposição do Paraguai disse que iniciará o procedimento contra Abdo e seu vice-presidente, Hugo Velázquez, por mau desempenho, uma posição que recebeu apoio da dissidência do governista Partido Colorado, liderada pelo ex-presidente Horacio Cartes.

'Aceito a briga! Por um Paraguai sem máfias!', disse o presidente de direita em sua conta de Twitter pouco depois de vir a público o respaldo de parlamentares de seu próprio partido ao pedido de impeachment.

Abdo, de 47 anos, entrou no olho do furacão quando políticos e parlamentares reagiram contra a assinatura do acordo com o Brasil, que estabelece um cronograma de compra de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu até 2022.

O documento foi assinado em maio, mas se tornou conhecido na semana passada, e elevaria os custos para a estatal de eletricidade do Paraguai em mais de 200 milhões de dólares, segundo declarou um ex-presidente da entidade.

'Vamos preparar a documentação correspondente para o impeachment por traição à pátria... é preciso fazer novas eleições', disse a repórteres Efraín Alegre, presidente do Partido Liberal, a principal sigla opositora do país.

A embaixada dos Estados Unidos na capital Assunção expressou preocupação com a situação nas últimas horas de quarta-feira.

'Esperamos que se respeitem os processos democráticos e a Constituição Nacional, tomando decisões com calma e de forma participativa, assegurando o devido processo legal, outorgando os prazos necessários às partes e considerando todas as provas', disse o embaixador Lee McClenny no Twitter.

O impeachment deverá ser iniciado na Câmara dos Deputados, onde são necessários 53 votos para a acusação.

Votando em bloco a oposição só consegue 38, e por isso o procedimento dependerá em grande medida da postura do Honor Colorado, movimento dissidente do partido governista liderado por Horacio Cartes que apoiará a iniciativa.

'A posição de todos foi unânime. Estamos falando de traição à pátria. Estamos diante de um cenário extremamente grave', disse o senador Sergio Godoy, do Honor Colorado, ao canal de televisão local NPY ao ser indagado sobre o apoio ao impeachment.

Questionado sobre a situação, o presidente Jair Bolsonaro disse na quarta-feira que o governo está resolvendo a situação sobre Itaipu com o Paraguai e quer 'fazer justiça', e assim evitar problemas para o presidente paraguaio.

(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu, em Brasília)

Escrito por Reuters

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