SEAN "DIDDY" COMBS VAI A JULGAMENTO: JUSTIÇA INICIA SELEÇÃO DE JÚRI NOS EUA
O MÚSICO E EMPRESÁRIO RESPONDE A DIVERSAS ACUSAÇÕES, INCLUINDO TRÁFICO SEXUAL
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O julgamento de Sean “Diddy” Combs teve início nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, no tribunal federal de Manhattan, em Nova York, com a etapa de seleção do júri. O rapper, produtor e empresário de 55 anos é acusado de crimes como tráfico sexual, conspiração para crime organizado e transporte de pessoas com fins de prostituição. Se condenado, pode enfrentar prisão perpétua.
Influência global: Diddy era um dos artistas mais poderosos da indústria musical

Antes das acusações, Sean Combs, também conhecido como P. Diddy, era considerado um dos homens mais influentes da indústria da música e do entretenimento nos EUA. Fundador da Bad Boy Records, lançou e gerenciou carreiras de artistas como The Notorious B.I.G., Faith Evans, 112 e Mase. Seu império incluía também moda, bebidas, reality shows e participações em filmes.
Diddy mantinha relações próximas com diversas celebridades internacionais, incluindo:
- Jay-Z
- Justin Bieber
- Kanye West
- Mary J. Blige
- Usher
- Leonardo DiCaprio
- Mark Wahlberg
Suas festas, conhecidas por reunir a elite da música, cinema e esporte, eram eventos icônicos e frequentemente noticiados na mídia de entretenimento.
Acusações e escândalos: o que dizem os promotores
De acordo com a promotoria federal, Combs liderava, há décadas, uma rede de exploração sexual envolvendo coação, drogas e violência física. Mulheres eram levadas a participar de festas secretas, chamadas de "Freak Offs", com promessas de crescimento profissional ou sob intimidação direta.
Uma das principais testemunhas é a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do rapper. Em 2024, um vídeo de 2016 foi divulgado mostrando Diddy a agredindo em um hotel. A repercussão foi imediata e impulsionou diversas outras denúncias.
Prisão e julgamento: um processo de alto risco

Preso desde setembro de 2024, Diddy permanece detido no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn. A fiança foi recusada várias vezes. O júri deve ser selecionado até o fim desta semana e as declarações iniciais do julgamento estão marcadas para 12 de maio.
Defesa e repercussão internacional
Os advogados de Sean Combs alegam que todas as relações foram consensuais e acusam as vítimas de oportunismo. No entanto, a cobertura da mídia internacional indica que o caso já se inscreve entre os maiores escândalos desde o movimento #MeToo.
Segundo a Reuters, o julgamento “redefine os limites entre fama, poder e impunidade”. A Associated Press destaca a gravidade das acusações e o potencial impacto nas indústrias do hip-hop, do R&B e do entretenimento global. O The Guardian ressalta a queda de um império construído ao longo de três décadas.
O processo deverá atrair cobertura em massa da imprensa internacional, não apenas pelo peso das acusações, mas também pela complexidade jurídica e pela quantidade de celebridades mencionadas, citadas como testemunhas ou associadas diretamente ao artista ao longo dos anos.
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