Popularização do congelamento de óvulos
Milhares de mulheres decidem, a cada ano, congelar e armazenar os óvulos, como uma apólice de seguro para o futuro. A ideia pode ser tanto preservar a fertilidade enquanto buscam o parceiro certo, quanto adiar a maternidade para priorizar o investimento na carreira.O procedimento é muito parecido com a primeira metade de um ciclo de fertilização in vitro: começa com a estimulação hormonal para o desenvolvimento de múltiplos óvulos nos ovários que, na sequência, são coletados para serem congelados. As mulheres podem então usar os óvulos congelados em algum momento para fazer a fertilização in vitro, caso não consigam engravidar naturalmente.Apesar estar se tornando popular, o procedimento ainda é caro. Um único ciclo pode custar até US$ 17 mil nos Estados Unidos, o equivalente a um quinto da renda média anual das famílias americanas. No Brasil, o custo do procedimento gira em torno de R$ 18 mil e não é coberto pelo SUS.Grandes empresas de tecnologia, como a Apple e o Facebook, começaram a oferecer às funcionárias o congelamento de óvulos como um benefício – o que os críticos interpretaram como uma tentativa de incentivar as mulheres a "se renderem ao controle corporativo", adiando as relações humanas em prol do trabalho. Mas ambas as companhias insistiram que se tratava de um benefício, em resposta a uma demanda das funcionárias, para dar a elas mais opções.Alguns seguros de saúde também cobrem a criopreservação, se for considerada clinicamente necessária, como antes de um tratamento de quimioterapia.O número de mulheres que congelam os óvulos tem aumentado nos últimos anos. Em 2009, foram realizados apenas 564 ciclos de congelamento de óvulos nos Estados Unidos, enquanto em 2016 esse número subiu para 8.892, de acordo com a Sociedade de Tecnologia de Reprodução Assistida.No Brasil, embora não haja estatísticas oficiais, calcula-se que tenha triplicado o número de congelamento de óvulos nos últimos cinco anos.Para ler mais notícias, curta a página Antena 1 News no Facebook!