Por que algumas dietas não dão certo
Nos Estados Unidos, e também por aqui, orientações de especialistas dão a toda a população um plano para uma boa nutrição. Mas uma nova pesquisa diz que esse tipo de abordagem “tamanho único” pode não ser suficiente. Pessoas diferentes, até mesmo gêmeos idênticos (que têm quase o mesmo DNA), podem responder aos mesmos alimentos de forma muito diferente, descobriram os cientistas.“Nossas recomendações, medicamente e em termos de saúde pública, acabam de presumir que, se as pessoas seguirem o plano padrão, perderão peso e desenvolverão menos doenças crônicas”, diz o co-investigador do estudo Tim Spector, professor de epidemiologia genética na King's College de Londres. "Realmente, esse pensamento foi agora exposto como completamente falho".Pesquisadores rastrearam cerca de 1.100 adultos nos EUA e no Reino Unido, incluindo 240 pares de gêmeos, por duas semanas. Eles monitoraram os níveis de açúcar no sangue, insulina e gordura dos participantes depois de comerem refeições pré-formuladas, como muffins e bebidas com açúca.Os alimentos que aumentaram o nível de açúcar no sangue de uma pessoa ou mantiveram os níveis de gordura elevados por horas não fizeram necessariamente o mesmo com a pessoa que jantava ao lado deles, mesmo que fossem gêmeos. Os indivíduos até tiveram respostas diferentes às mesmas refeições quando foram consumidas em diferentes momentos do dia. Estes resultados sugerem que apenas os dados nutricionais não podem prever como um determinado alimento afetará a saúde e o peso de uma pessoa, diz Spector. “Há algumas diretrizes e recomendações em todo o mundo que quase todo mundo concorda”, incluindo consumir fibras e reduzir as calorias e os alimentos ultraprocessados, ressalta Spector. Mas muitas questões nutricionais persistentes – não há problema em pular o café da manhã? O jejum funciona? Uma dieta com pouco carboidrato ou baixo teor de gordura é melhor para perda de peso? – não pode ter uma única resposta, diz Spector. Spector aposta que o segredo da dieta personalizada pode depender do microbioma, ou da colônia de micróbios que vivem em seu intestino, e não da genética. Ainda há muito o que estudar sobre a microbioma, mas estudos sugerem que ela afeta muitos aspectos da saúde humana. Para ler mais notícias, curta a página Antena 1 News no Facebook!