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Tática polêmica faz com que passagens aéreas saiam mais em conta

Conhecida como skiplagging, ela tem preocupado as companhias aéreas.

Letícia Furlan

08/05/2019

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Você sabia que existe uma espécie de “truque” para comprar passagens aéreas mais baratas? E as companhias estão fazendo o que podem para acabar com esta prática, que faz com que os consumidores economizem uma boa quantia em tarifas.

Também chamada de “skiplagging”, a estratégia funciona quando, por exemplo, alguém quer viajar de Boston para Houston, mas compra uma passagem para Las Vegas com escala em Houston. A segunda opção de voo acaba saindo mais em conta do que o voo direto, por isso alguns passageiros optam por ele e desembarcam na metade da viagem.

Vale lembrar que a tática funciona apenas para quem não despachou as bagagens, já que elas só podem ser retiradas no destino final. A prática virou notícia no início deste ano, quando a companhia alemã Lufhansa processou um passageiro que pulou um trecho de uma passagem de ida e volta.

As empresas tentam conter a onda de passageiros que conseguem tarifas mais baratas comprando passagens com as chamadas "cidades ocultas". "A emissão de bilhetes com 'cidades ocultas' é um problema que as próprias companhias aéreas estão criando", diz Henry Harteveldt, fundador da empresa de consultoria de viagens Atmosphere Research.

"Entendo perfeitamente, como analista de companhias aéreas e empresário, por que as companhias aéreas tiram o máximo que podem onde têm vantagem. É disso que se trata o negócio, mas quando uma companhia aérea coloca preços estúpidos e a tarifa em um aeroporto é absurdamente alta, é quase como se as empresas fizessem um convite às reservas com 'cidade oculta'."

Segundo Peter Belobaba, principal pesquisador do Centro Internacional de Transporte Aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), esse tipo de tarifação é encontrado em todo o mundo. "Por exemplo, Boston-Las Vegas é uma rota de lazer que é mais sensível ao preço. Já Boston-Houston é um mercado empresarial, o que significa tarifas mais altas. São mercados muito diferentes quando se trata de concorrência e sensibilidade aos preços", explica.

Os 'skiplaggers' são geralmente os viajantes mais experientes, que costumam ser os melhores clientes da companhia. Há, inclusive, um site que facilita a busca por 'cidades escondidas' em conexões, o Skiplagged.

Mas até que ponto essa prática pode ser questionada, já que a companhia aérea ofereceu um assento a um determinado preço e recebeu esse valor.

A coluna The Ethicist, que debate questões éticas no jornal americano New York Times, não vê problema com o skiplagging. Os leitores concluem nos comentários que fazer uma compra não obriga você a usar o produto.

Mas como o processo aberto pela Lufthansa mostra, a prática pode ser arriscada para o passageiro. Se você tentar abandonar o voo em uma conexão, pode ser descoberto e até mesmo impedido de sair do aeroporto.

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