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Transações via Pix cresceram 27,6% no 1º semestre, segundo o BC

Modalidade foi utilizada em 50,9% das operações realizadas no período

Redação

11/11/2025

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Banco Central (BC) publicou nesta segunda-feira (11) as Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil relativas ao primeiro semestre de 2025.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, as transações de pagamento apresentaram crescimento, tanto em quantidade (15,2%) quanto em volume financeiro (14,5%). No total, 72,5 bilhões de transações movimentaram R$ 59,7 trilhões.

Uso dos Instrumentos

Grande parte do aumento da quantidade total de transações se deu pelo crescimento expressivo na utilização do Pix, de 27,6%. O Pix, que é atualmente o instrumento mais utilizado, foi responsável por 50,9% das transações efetuadas no primeiro semestre, atingindo 36,9 bilhões de transações no período.

Em relação ao Pix, 89,2% de suas transações são liquidadas no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), infraestrutura operada pelo BCB. Tomando as transações liquidadas no SPI no primeiro semestre de 2025, 45% ocorreram entre duas pessoas físicas e 42,1% se deram entre uma pessoa física (pagador) e uma pessoa jurídica (recebedor). Os pagamentos de pessoas jurídicas a pessoas físicas ou a outras pessoas jurídicas somaram 12,5%, enquanto as transações envolvendo entes do governo totalizaram 0,4%.

O mercado de cartões apresentou continuidade nos ritmos de expansão nas modalidades de crédito (+9,7%) e pré-pago (+8,9%), enquanto o cartão de débito se manteve praticamente estável (-0,1%). Juntos, respondem por 34,3% da quantidade total de transações efetuadas, com 24,9 bilhões de transações no primeiro semestre de 2025.

Volumes Transacionados

O instrumento de pagamento com maior participação percentual em volume financeiro transacionado continuou sendo o das transferências interbancárias realizadas por meio da TED, com 37,1% de participação, seguido pelo Pix, com 26,5% do valor total transacionado no primeiro semestre de 2025.

Dentre os cartões, o que mais cresceu em termos de volume financeiro, se comparado ao primeiro semestre de 2024, foi o da modalidade de crédito (+14,2%). Esse é também o cartão com maior participação no volume financeiro transacionado considerando somente os instrumentos de pagamento cartões (69,3%). O cartão de crédito é também o instrumento com maior número de emissões, com 243 milhões de cartões ativos ao final do primeiro semestre de 2025, enquanto o de débito e o pré-pago tinham 159,3 milhões e 74,3 milhões, respectivamente.

A análise da evolução dos volumes financeiros transacionados por outros instrumentos demonstra ainda que o boleto continuou apresentando crescimento, tendo aumentado seu valor transacionado em 4,6% no mesmo período de análise dos demais instrumentos, representando 8,1% do volume total das transações. Enquanto isso, o cheque teve uma queda de 16,5% no seu volume financeiro, perfazendo 0,6% do valor total transacionado no primeiro semestre de 2025, com 73,4 milhões de cheques emitidos e valor médio de R$ 4,7 mil.

TIC e Taxa de Desconto

As Tarifas de Intercâmbio (TIC) médias praticadas no mercado de cartões no primeiro semestre de 2025, para a remuneração dos emissores nos arranjos débito e pré-pago, se mantiveram praticamente estáveis, próximas aos limites máximos definidos pela Resolução BCB nº 246, de 2022, de 0,50% e 0,70%, respectivamente. A TIC média observada nos arranjos de crédito foi de 1,68%, um pouco superior se comparada às médias de TICs do primeiro semestre de anos anteriores (1,60% em 2023 e 1,64% em 2024). Esse aumento na TIC dos cartões de crédito pode ser parcialmente explicado pelo aumento da emissão de cartões considerados “premium” (platinum e superiores), que de maneira geral possuem TIC maiores e que somavam 58,3 milhões de cartões ativos no fim do primeiro semestre de 2025 ante a 50 milhões no mesmo período do ano anterior, o que representou um crescimento médio de 16,7%. No mesmo período de comparação, o cartão de crédito da categoria básico nacional apresentou redução de 24,5% na sua quantidade de cartões ativos.

Considerando os primeiros semestres de 2023, 2024 e 2025, observa-se redução gradual nas taxas praticadas para aceitação dos instrumentos no comércio (taxa de desconto ou MDR – do inglês Merchant Discount Rate), tanto para o cartão de crédito (de 2,32% para 2,22% e, por fim, 2,16%) quanto para o de débito (de 1,14% para 1,10% e, por fim, 1,08%).

Forma de captura

A captura de transações por aproximação (contactless), a mais utilizada nos pagamentos por cartões, atingiu 37,5% da quantidade de transações no cartão de crédito, 47,2% no cartão de débito e de 63,2% no pré-pago, no segundo trimestre de 2025. Com relação ao volume financeiro transacionado, tal tecnologia é a de maior proporção no pré-pago (55,9%), sendo que a captura presencial com chip inserido e senha ainda detém maior participação no volume financeiro transacionado no crédito (38,9%) e no débito (56,0%).

As transações pela internet representaram 21,9% das transações do cartão de crédito no segundo trimestre de 2025, período em que elas foram 9,8% das transações de cartão de débito e 7,0% das de cartão pré-pago. Já no volume financeiro transacionado, a captura pela internet foi responsável por 26,9% do volume das transações de crédito, 5,1% das transações de débito e 3,9% do pré-pago.

No caso do cartão de crédito, observa-se também um aumento gradual das transações relativas a pagamentos recorrentes (aquelas que geram pagamentos periódicos como por exemplo a assinatura de serviços de streaming ou a mensalidade de academias de ginástica). No segundo trimestre de 2025 elas foram responsáveis por 10,2% da quantidade de transações e 6,4% do valor transacionado na modalidade crédito, enquanto no mesmo período de 2024 elas significavam 6,5% das transações e 4,4% do valor transacionado.

Parcelamento de transações no cartão de crédito

O segundo trimestre de 2025 apresentou estabilidade em relação aos períodos anteriores quanto ao perfil de parcelamento de transações no cartão de crédito. A maior parte das transações continuam sendo à vista (87,5%), seguidas pelas transações de 2 ou 3 parcelas (8,1%), pelas transações de 4 a 6 parcelas (2,9%) e, finalmente, pelas de 7 ou mais parcelas (1,5%).

Quando se considera o valor das transações, aquelas pagas à vista representaram 52,8% do volume financeiro transacionado, as de 2 a 3 parcelas, 17,0%, as de 4 a 6 parcelas, 13,8%, e as de 7 ou mais parcelas, 16,4%.

Saques

Os saques nas modalidades tradicionais (1,2 bilhões de transações), seguem em sua trajetória de queda, tendo se reduzido em 12,7% na quantidade de transações em relação ao mesmo semestre do ano anterior. Houve redução no número de transações, principalmente, nos canais de agências e postos tradicionais (-18,2%), ATMs (-13,2%) e correspondentes bancários (-11,1%), mas também nos postos de atendimento cooperativo (-4,0%).

O Pix Saque, por sua vez, atingiu 7,7 milhões de transações no primeiro semestre de 2025, apresentando um crescimento 36,2% em sua quantidade de transações quando comparado ao primeiro semestre de 2024.

Redação

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