Além dos fatores psicológicos e sociais, a anorexia pode ter fator genético
Mesmo assim, a conexão entre o elevado número de casos de anorexia e a representação do corpo da mulher na mídia é real.
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Um estudo publicado no último dia 12 pela equipe da psiquiatra sueca Cynthia Bulik, do Karolinska Institutet em Estocolmo, revelou que a anorexia não pode ser atribuída apenas a fatores sociais e psicológicos, mas também à ação de um gene específico, que torna seus portadores mais pré-dispostos a ter a doença.
No estudo, um grupo de mais de 200 pesquisadores descobriu que o locus genético rs4622308, localizado no cromossomo de número 12, é determinante para o desenvolvimento da doença.
Essa foi a primeira vez em que uma variação genética diretamente associada ao transtorno alimentar foi encontrada. No entanto, já haviam suspeitas há algum tempo de que a anorexia fosse uma doença parcialmente hereditária – estudos com irmãos gêmeos que sofrem da doença levantam a hipótese com alguma frequência.
“Nós unimos mais de 220 cientistas e trabalhadores da saúde para alcançar uma amostra tão grande”, afirmou à imprensa Gerome Breen, do King’s College de Londres, um dos co-autores do estudo. “Sem essa colaboração, nós jamais descobriríamos que a anorexia tem raízes tanto psiquiátricas quanto metabólicas”.
A anorexia é um transtorno mental caracterizado pela obsessão com o próprio peso e a imposição de severas restrições alimentares a si mesmo. De acordo com a ANAD – organização norte-americana dedicada ao combate dos distúrbios alimentares – a doença afeta 2,5 vezes mais mulheres do que homens, e 0,9 por cento das mulheres dos EUA são ou foram anoréxicas. Uma em cada cinco vítimas de anorexia comete suicídio.
É praticamente consenso na psiquiatria que a imposição de padrões de beleza inalcançáveis a mulheres jovens tem uma boa parcela de culpa nas estatísticas citadas acima.
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Escrito por Redação
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