BC precisa fazer esforço junto ao governo para valorizar carreira e repor servidores, diz diretor
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Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Administração do Banco Central, Rodrigo Teixeira, disse nesta segunda-feira que os problemas de recursos humanos são um dos maiores desafios que a autarquia enfrenta no momento e que é necessário fazer um esforço para valorizar a carreira e repor servidores.
'A gente tem que conseguir fazer um esforço de demonstrar para a sociedade e para o governo que o Banco Central está com um quadro reduzido comparado àquilo que ele poderia ter', afirmou Teixeira em live do BC, realizada em meio à mobilização de funcionários da instituição por melhores salários e valorização da carreira.
'Uma das coisas fundamentais é mostrar todas as entregas que o Banco Central vem fazendo para sociedade, no Pix, por exemplo, no real digital... Eu tenho certeza que, mostrando para a sociedade, para o governo, esse desempenho muito favorável da instituição, nós vamos conseguir mostrar que é necessário ter uma valorização da carreira e também termos mais concurso para conseguir repor nossos quadros.'
O intuito da live era prestar esclarecimentos sobre o concurso aberto neste ano para 100 vagas imediatas de analista no Banco Central, dividas entre as áreas de Economia e Finanças e Tecnologia da Informação --primeiro concurso para a autoridade monetária desde 2013.
Segundo Teixeira, a demora de cerca de dez anos para a publicação de um novo edital foi resultado de crises econômicas enfrentadas pelo país a partir de 2014, incluindo a pandemia, e também refletiu limitações orçamentárias.
No entanto, ele afirmou estar otimista quando à trajetória fiscal do país e que isso -- combinado ao esforço para 'sensibilizar' o Executivo e o Congresso quanto à necessidade de repor o quadro de funcionários do BC -- deve permitir a abertura de novos concursos ao longo dos próximos anos, talvez já em 2025.
O movimento dos servidores do BC por melhores condições de trabalho e salários mais competitivos, que acontece desde o ano passado, vem afetando sistematicamente a divulgação de diversos indicadores do banco, como as notas econômica-financeiras e a taxa de câmbio Ptax, além do Focus e do fluxo cambial.
Escrito por Reuters
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