Chinesa Evergrande perde 80% de seu valor de mercado com retomada de operações em bolsa
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Por Clare Jim
HONG KONG (Reuters) - A China Evergrande Group perdeu 2,2 bilhões de dólares, ou 79% de seu valor de mercado, nesta segunda-feira, depois que suas ações voltaram a ser negociadas em bolsa, em um passo crucial para que a empresa imobiliária mais endividada do mundo reestruture sua dívida internacional.
A Evergrande está no centro de uma crise no setor imobiliário da China, que tem visto uma série de calotes desde o final de 2021, e suas ações foram suspensas por 17 meses.
A incorporadora, que está em processo de obter aprovações de credores e tribunais para implementar um plano de reestruturação de dívida, disse nesta segunda-feira que adiará em um mês as assembleias de credores para dar mais tempo 'para maximizar o envolvimento deles e apoiar a tomada de decisões informadas'.
As assembleias agora estão previstas para 26 de setembro, em vez desta segunda-feira, mas três pessoas com conhecimento direto do assunto disseram que muitos credores já haviam registrado seu voto até o prazo final, na última quarta-feira, para o envio de formulários.
A Evergrande precisa da aprovação de mais de 75% dos detentores de cada classe de dívida para aprovar o plano, que oferece aos credores uma cesta de opções para trocar a dívida por novos títulos e instrumentos vinculados a ações.
As ações listadas em Hong Kong fecharam em queda de 79%, atingindo 0,35 dólar de Hong Kong nesta segunda-feira. O valor de mercado encolheu para 4,6 bilhões de dólares de Hong Kong (586,29 milhões de dólares), de 21,8 bilhões de dólares de Hong Kong (2,78 bilhões de dólares) da última vez em que foi negociada. Em 2017, a empresa tinha um valor de mercado de 420 bilhões de dólares de Hong Kong, um recorde histórico para a Evergrande.
A Evergrande registrou um prejuízo líquido combinado de 81 bilhões de dólares para 2021 e 2022, segundo dados divulgados no mês passado.
Escrito por Reuters
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