Doadores internacionais prometem US$1,5 bi em ajuda ao Sudão
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Por Gabrielle Tétrault-Farber e Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - Doadores internacionais prometeram nesta segunda-feira cerca de 1,5 bilhão de dólares em ajuda humanitária ao Sudão e à região, respondendo a um apelo da Organização das Nações Unidas (ONU) para aumentar a ajuda em meio a um conflito que forçou cerca de 2,2 milhões de pessoas a deixarem suas casas.
A ONU disse que 3 bilhões de dólares são necessários neste ano para ajuda humanitária no Sudão e para refugiados que fogem do país, apenas uma fração dos quais foi financiada.
'Tenho o prazer de dizer que hoje doadores anunciaram cerca de 1,5 bilhão de dólares para a resposta humanitária ao Sudão e à região', disse o chefe de ajuda da ONU, Martin Griffiths, em uma conferência de arrecadação de fundos organizada pela Alemanha, Arábia Saudita, Catar, Egito e ONU.
'Esta crise exigirá apoio financeiro sustentado e espero que todos possamos manter o Sudão no topo de nossas prioridades.'
A Alemanha anunciou nesta segunda-feira que prometeu 200 milhões de euros ao Sudão e à região até 2024, os Estados Unidos prometeram 171 milhões de dólares e o Catar garantiu 50 milhões de dólares. A ONU disse que estava alocando 22 milhões de dólares adicionais para atender a necessidades prioritárias.
A guerra entre o Exército do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) começou em meados de abril em meio a tensões sobre um plano apoiado internacionalmente para uma transição para eleições sob um governo civil.
O conflito já deixou mais de 3.000 mortos, transformou a capital Cartum em uma zona de guerra e desencadeou violência mortal na região ocidental de Darfur, marcada pelo conflito, bem como em outras partes do país.
Segunda-feira é o segundo dia de um cessar-fogo de 72 horas mediado pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos nas negociações em Jeddah, o último de uma série de acordos de trégua que permitiram a entrega de alguma ajuda humanitária, mas falharam em impedir que o conflito se intensificasse.
Escrito por Reuters
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