EUA esperam melhorar laços com Vietnã, arriscando irritar China
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Por Francesco Guarascio
HANÓI (Reuters) - Os Estados Unidos esperam elevar ao mais alto nível suas relações diplomáticas com o antigo inimigo Vietnã quando o presidente dos EUA, Joe Biden, viajar para Hanói em uma semana, em uma medida que pode irritar a China.
Temendo a potencial reação de seu poderoso vizinho, o Vietnã inicialmente manifestou cautela, o que levou o governo Biden a multiplicar esforços para persuadir o país do sudeste asiático, inclusive através de visitas de membros de alto escalão nos últimos meses.
O impulso sem precedentes levou os EUA a esperarem ser elevados ao nível mais alto de classificação diplomática do Vietnã, junto de China e Rússia, estando dois níveis abaixo no momento.
Biden enfatizou a intenção publicamente em julho e, desde então, autoridades de ambos os países têm expressado informalmente otimismo, embora nenhuma declaração oficial tenha sido divulgada por nenhum dos governos.
O Ministério das Relações Exteriores da China apelou aos EUA para não visarem um 'terceiro' quando se envolverem com outros países da Ásia.
'Acreditamos que, ao lidar com as relações com os países asiáticos, os Estados Unidos devem abandonar a mentalidade de jogo de soma zero da Guerra Fria, respeitar as normas básicas das relações internacionais, não visar terceiros e não minar a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade regionais', disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, em um briefing diário em Pequim nesta segunda-feira.
Talvez para apaziguar Pequim, o Vietnã está discutindo visitas de alto nível chinesas a Hanói depois ou mesmo pouco antes da chegada de Biden, em 10 de setembro, com autoridades afirmando que o presidente da China, Xi Jinping, ou o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, poderão se encontrar com líderes vietnamitas nos próximos dias ou semanas.
O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente nesta segunda-feira a um pedido de comentário sobre a ideia de tal visita, embora tenha confirmado que Li, e não Xi, participará da cúpula dos líderes mundiais do G20 na Índia nesta semana.
Escrito por Reuters
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