Kamala diz que EUA se 'posicionarão' sobre Mar do Sul da China
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Por Nandita Bose e James Pearson
HANÓI (Reuters) - Os Estados Unidos acolhem a concorrência e não querem conflito com Pequim, mas se posicionarão em questões como as disputas marítimas no Mar do Sul da China, disse a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, nesta quinta-feira ao concluir uma viagem ao sudeste da Ásia.
Em visitas a Cingapura e ao Vietnã, Kamala acusou a China de assediar seus vizinhos na região, provocando repreensões severas de Pequim, que por sua vez acusou os EUA de se intrometerem em assuntos regionais e perturbarem a paz.
'Acolhemos a concorrência acirrada, não buscamos conflitos, mas em questões como o Mar do Sul da China, nós nos posicionaremos', disse Kamala em uma coletiva de imprensa na capital vietnamita, Hanói.
'Nós nos posicionaremos quando houver ações que Pequim realiza que ameacem a ordem internacional baseada em regras', acrescentou.
A viagem de sete dias de Kamala a Cingapura e ao Vietnã é parte de uma estratégia mais abrangente dos EUA para confrontar a China globalmente. China, Vietnã, Brunei, Malásia, Filipinas e Taiwan reivindicam partes das águas disputadas do Mar do Sul da China, que são cruzadas por rotas comerciais vitais e também contêm campos de gás e áreas de pesca abundantes.
Em encontros com líderes vietnamitas na quarta-feira, Kamala disse que as 'reivindicações marítimas truculentas e excessivas' da China nas águas deveriam ser confrontadas, e ofereceu apoio dos EUA para reforçar a segurança marítima do Vietnã, incluindo mais visitas de navios de guerra norte-americanos ao país.
Seus comentários provocaram repúdio na mídia estatal chinesa. Ainda na quarta-feira, o diário estatal China Daily, reagindo às colocações da vice-presidente norte-americana sobre Cingapura, disse que ela 'ignorou deliberadamente sua própria hipocrisia' ao tentar congregar países da região contra a China.
Nesta quinta-feira, após as reuniões de Kamala em Hanói, o Global Times disse que os EUA estão 'sonhando' em incitar o Vietnã a confrontar a China.
Escrito por Reuters
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