Líder da extrema-direita na Holanda diz que formação de governo minoritário é uma opção
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AMSTERDÃ (Reuters) - O líder de extrema-direita Geert Wilders disse nesta quarta-feira que a formação de um governo minoritário na Holanda, com ele próprio como primeiro-ministro, é uma possibilidade, após seu Partido pela Liberdade (PVV) conquistar o maior número de assentos no Parlamento na eleição da semana passada.
Falando aos repórteres após sua primeira reunião com o 'observador' nomeado para lidar com a fase inicial do que se espera que sejam longas negociações de coalizão, Wilders disse que será 'forte, mas razoável' nas discussões com possíveis parceiros.
A possibilidade de um gabinete minoritário surgiu logo após a eleição, quando o partido conservador VVD, do primeiro-ministro que está deixando o cargo Mark Rutte, -- que compartilha muitas das posições anti-imigração de Wilders -- disse que não se juntaria a um gabinete liderado por Wilders, mas não excluiu a possibilidade de lhe oferecer apoio marginal.
Wilders, cujo partido obteve cerca de 24% dos votos, precisará trabalhar com pelo menos dois partidos mais moderados para formar uma coalizão.
Ele disse ao observador que sua preferência é trabalhar com o VVD, o partido de centro-direita 'Novo Contrato Social' (NSC) e o conservador Movimento de Agricultores e Cidadãos (BBB), que juntos teriam uma sólida maioria em ambas as casas do Parlamento holandês.
Essa é a 'combinação lógica e correta', disse Wilders, acrescentando que o mais importante é que os partidos concordem em conversar sobre como podem cooperar.
O líder do NSC, Pieter Omtzigt, sinalizou que trabalhar com Wilders será difícil, já que elementos da plataforma do PVV violam as garantias constitucionais holandesas de liberdade religiosa.
Nesta quarta-feira, Wilders repetiu que estava disposto a fazer concessões em alguns pontos.
(Por Toby Sterling)
Escrito por Reuters
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