Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Marina defende decisões 'técnicas' do Ibama e diz que licenciamento tem caráter benéfico

Placeholder - loading - Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante cerimônia de comemoração do Dia da Amazônia em Brasília 05/09/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante cerimônia de comemoração do Dia da Amazônia em Brasília 05/09/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

Publicada em  

(Reuters) - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, voltou a defender nesta terça-feira o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como um órgão que toma 'decisões técnicas', e não 'políticas', meses após a autarquia negar atividades exploratórias de petróleo na região da foz do Rio Amazonas, parte da Margem Equatorial, área apontada como de alto potencial petrolífero.

Falando a senadores em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado sobre a possibilidade de exploração de petróleo no Amapá, Marina destacou que os processos de licenciamento realizados pelo Ibama 'não dificultam, nem facilitam' a execução de empreendimentos e que são benéficos por protegerem o meio ambiente e permitirem uma maior 'economicidade' das atividades.

'Nós temos algumas instituições que não agem por decisões políticas. O Ibama é uma delas... Como eu disse, é uma decisão técnica', disse Marina aos senadores.

'O processo de licenciamento eu considero que seja igualmente benéfico, tanto quando ele protege o meio ambiente como quando propicia aos empreendimentos uma série de benefícios para que possa ser feito com mais economicidade', acrescentou.

A ministra enfatizou, no entanto, que não cabe ao Ibama ou a seu ministério determinar se o Brasil deve continuar explorando petróleo em território nacional, mas sim ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), e que como membro votante do órgão, sua pasta se posicionará sobre a questão.

Ela afirmou que o Brasil tem vantagens comparativas em relação a outros países para realizar a transição energética e tornar a matriz do país 100% limpa, uma ambição que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou.

'Não é o Ibama ou o ministério que decide qual é a matriz energética brasileira, mas o próprio presidente Lula disse que ele quer que a nossa matriz energética seja 100% limpa para que sejamos grande exportadores de sustentabilidade', disse.

A discussão sobre a exploração de petróleo na foz do Amazonas, em uma área localizada no Estado do Amapá, tem gerado discordâncias internas no governo nos últimos meses.

Enquanto a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia têm se posicionado de forma favorável a pesquisas e a possibilidade de exploração sustentável na região, a ação encontra resistência no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Na segunda-feira, falando a jornalistas após a cúpula do G20, na Índia, Lula disse que o Brasil deverá 'pesquisar' a Margem Equatorial apesar de negativas do Ibama e que não pode haver proibição em fazer pesquisas.

'O Brasil não vai deixar de pesquisar a Margem Equatorial. Se encontrar a riqueza que pressupõe-se que exista lá, aí é uma decisão de Estado se você vai explorar ou não. Mas veja, é uma exploração a 575 km da margem do Amazonas', disse o presidente.

(Por Fernando Cardoso)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. marina defende decisoes …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.