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Musicoterapia: descubra os efeitos terapêuticos da música

Conheça mais sobre o método terapêutico que, de forma involuntária, muitas pessoas aderem no seu dia a dia

Placeholder - loading - Mulher relaxada ouvindo música com fone de ouvidos deitada na cama. - iStock
Mulher relaxada ouvindo música com fone de ouvidos deitada na cama. - iStock

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Que a música tem seus efeitos curandeiros, muitos sabem! Desde lavar a alma proporcionando o sentimento mais sereno e leve possível, até fazer você, em questão de segundos, se sentir a pessoas mais amada e feliz do mundo. Mas afinal, o que explica isso? Como é possível que a junção de meros ritmos mesclados, acompanhados de uma bela e vibrante cantoria, podem causar tantas sensações em nós?

A musicoterapia, na explicação mais básica possível, fala sobre todas essas questões. Como o próprio nome já diz, ela se dá como uma terapia que envolve a música, mas é algo que vai muito mais além do que somente isso. Por isso, a Antena 1 foi atrás de uma especialista para falar mais sobre o assunto e mais detalhes interessantíssimos sobre esse método terapêutico que vem ganhando mais visibilidade e conhecimento nos últimos meses.

“Na musicoterapia nós estamos sempre pensando em todo e qualquer som, estamos pensando em todos os elementos musicais, juntos ou separadamente (melodia, harmonia, ritmo, silêncio) [...] a musicoterapia é o estudo da relação do indivíduo com o universo musical e toda e qualquer sonoridade que faça parte da sua vida, e a utilização dessa relação para lidar com qualquer demanda que esteja presente na vida desse indivíduo, explica Marina Gil Bergamini, Musicoterapeuta especialista em Musicoterapia Organizacional e Hospitalar.

Marina é graduada em Musicoterapia (2007 – 2010) pela FMU, e fez uma especialização em Musicoterapia Organizacional e Hospitalar entre os anos de 2011 e 2012. Assim, sendo extremamente apaixonada pela profissão, começou a comecei a dar aula na mesma faculdade que se formou. Em 2016, resolveu trocar a docência por uma atuação mais prática e está até hoje, atuando como musicoterapeuta dentro de escolas.

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Confira agora a entrevista concedida especialmente a Antena 1 pela profissional:

Quais são os benefícios e malefícios da Musicoterapia?

Todos temos alguma história em que a música ajudou a superar alguma questão, expressar algum sentimento, ou até mesmo dar aquela energia para fazer uma faxina. Isso ocorre porque a música por si só já tem seus efeitos terapêuticos e nós estamos aproveitando todos eles sem ao menos ter noção disso.

Mas, é importante ter em mente que à proporção que pode nos beneficiar, também pode trazer malefícios, já que a musicoterapia engloba, de modo geral, sonoridades. Como por exemplo, quando estamos em um ambiente ruidoso em um engarrafamento cheio de motores e buzinas, ou quando entramos em uma loja que está com uma música muito alta.

Ou seja, tudo vai depender diretamente da relação que cada pessoa, individualmente, possui com o universo sonoro musical. Algumas pessoas podem se sentir extremamente relaxadas com o som dos passarinhos, enquanto outras podem acabar se irritando facilmente.

Isso acaba levando ao caso de como a música pode ou não afetar na sua saúde, seja ela mental ou física. Segundo Marina, os efeitos dependem muito do motivo pelo qual esse paciente buscou a musicoterapia, mas pensando em uma questão mais genérica, a musicoterapia tende a proporcionar bem-estar, relaxamento tanto físico quanto mental, liberação de hormônios do prazer, resgate de autoestima, melhora na expressão e comunicação, ganho ou melhora de tônus muscular, entre muitas outras coisas.

Há algum estilo musical em específico ideal na musicoterapia?

Mais uma vez, é uma questão que não se define por generalizada e sim depende de pessoa para pessoa, sendo algo específico para cada um. É muito comum, em situações sociais, as pessoas pedirem indicações de músicas para relaxar ou para alguma questão específica, mas a musicoterapia não funciona como uma receita de bolo, cada pessoa tem uma resposta a um determinado estímulo, cada pessoa tem seu próprio repertório.

A musicoterapia tem contraindicação?

Não. Qualquer pessoa que se interessar pode procurar um musicoterapeuta, mas existem perfis que costumam procurar mais a musicoterapia como pacientes com deficiências, síndromes, transtornos do desenvolvimento, pacientes com quadros neurológicos, doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, entre outros.

Muitos também se perguntam se para realizar esse tipo de terapia é necessário ter conhecimento prévio de música e a resposta é não, não precisa.


A visibilidade da musicoterapia

“Acho que uma cultura que valorizasse mais as artes de uma maneira geral faria com que a musicoterapia e tantas outras profissões, tivessem uma visibilidade maior. O incentivo para a formação, mais musicoterapeutas se formando, mais musicoterapeutas atuando em diversos senários, e mais acesso à informação verdadeira e de qualidade. O fato de a musicoterapia existir não impede que outros profissionais usem a música como ferramenta de trabalho, mas é muito importante que as pessoas saibam que não é todo trabalho que é realizado com música que é musicoterapia”, conta a especialista.

O futuro da musicoterapia

“A musicoterapia é uma profissão muito jovem se comparada a outras da área da saúde, então acho que ainda temos muito trabalho a fazer enquanto classe, e acho que estamos caminhando bem, nos organizando com as nossas associações regionais, com a UBAM (União brasileira de associações de Musicoterapia), formando novos musicoterapeutas, aparecendo cada vez mais e conseguindo cada vez mais espaço para oferecer informação e orientação para as pessoas que se interessam pela nossa profissão, como vocês estão fazendo com essa matéria. Acredito que o futuro da profissão é muito promissor e confio muito no nosso trabalho de classe para que esse futuro chegue logo.”, afirma Marina Gil.

Para saber mais sobre a UBAM, acesse aqui.

Muitas vezes a música nos serve como um ponto de fuga, ou um estímulo para nos sentirmos mais animados. Ela nos acompanha a todos os momentos, desde a letra que te lembre a alguém especial que já tenha partido, ou não, até o ritmo que é impossível ficar parado ou não acompanhar a cantoria. Escolhemos escutar música desde momentos mais solitários até aqueles nos quais estamos realizando alguma tarefa de trabalho profissional ou doméstico.

E para você? O que a musicoterapia significa? Quais músicas te remetem a sensações inexplicáveis, sejam positivas, negativas ou até mesmo nostálgicas?

No começo da semana, a Antena 1, através do Facebook fez uma interação com os queridos e fiéis ouvintes para saber quais artistas ou canções que remetem a bons momentos. E cada comentário foi mais emocionante que o outro! Confira os selecionados:

Silvana GV

“Eu amo Alphaville e particularmente "Forever Young" é especial para mim, pois encerrei um ciclo da minha vida e na nova etapa me encontrei mais madura sobre alguns aspectos da vida, e principalmente em compreender que estamos neste mundo por um momento, que tudo tem um começo e um fim e que devemos fazer o melhor nesse "intervalo de tempo", sem perder o brilho e o ânimo para conquistar nossos sonhos. Essa música me ajudou a superar a depressão... Sua letra é linda e toca minha alma toda vez que a ouço.”



Amanda Poncio

Someone like you da Adele. Quando fui fazer a cesárea do meu último filho, a Dra. colocou para tocar no celular dela durante o nascimento dele.”



Denise Nunes

“Meu filho nasceu ao som de Matter of Feeling do Duran Duran. Sempre foi uma música muito importante para mim pois meu pai me levava para a escola ao som de Antena 1 e quando tocava essa música eu amava!”



Ellen Caroline Silva

“No dia do meu parto, meu obstetra estava ouvindo Antena 1 e no momento em que minha filha nasceu começou a tocar a música "My love" do Little Texas, e aquilo me emocionou muito por a letra falar exatamente do que eu estava sentindo naquele momento "Meu amor meu amor está pronto para você”.



Sandra Mara Martins

“MARVIN GAYE, em 1980, eu tinha 15 anos, eu e minha família fizemos uma viagem para visitar minha tia no Paraguai e fomos na Brasilia do meu pai. No toca fitas ele colocou a fita do Marvin Gaye, ele só tinha essa fita, fomos ouvindo durante as 21 horas de viagem. E depois, ao visitar as Cataratas, a mesma fita ia tocando. Quando ouço hoje, 41 anos depois, a música What's going on, sinto até o cheiro daquela névoa gelada do caminho até as cataratas do Iguaçu. O bom é que, boa música não irrita mesmo que toque por 21 horas seguidas a mesma sequência! As músicas whats going on e Mercy Mercy Me marcaram muito. Sei que quando perder meu pai, serão músicas que me farão chorar muito de saudade”



Samuel Vicente Lima

“Tenho muitos, mas a pessoa que esteve comigo todo esse tempo com certeza foi a Taylor Swift, seus álbuns Folklore e Evermore me ajudaram muito nesses tempos de pandemia, tenho muitas músicas preferidas dos álbuns, mas se eu for falar quais são eu fico falando até amanhã, enfim ela é maravilhosa”



Renata Depil

“George Michael... Meu filho era bebê e amava a música "kissing a fool" (acho que se escreve assim) ele nem falava, mas já ficava balbuciando a música, tenho um vídeo dele dançando no meu colo. Vou me lembrar da melodia que ele reconhecia, a doçura do meu filho e aquele cheiro de bebê. Eu lutava contra a depressão e esse é um momento de felicidade que me marcou.”



Lele Meg

“Coldplay, sky full of stars. Estava em depressão e esta música me fez inconscientemente ter vontade de estar numa apresentação do Coldplay e dançar com os braços como fazia uma fã na plateia. Ela parecia tão livre e entregue. Venci a depressão, hoje me amo e amo a vida e ela me ama!!! E esta música eu toco e público sempre que sinto alguma conquista na minha vida!!!”



Eliane Ramos

“Comecei a ouvir Mariah Carey aos 14 anos. Passei a admirá-la ainda mais ao descobrir que ela escrevia e produzia as próprias músicas. Amo os vocais poderosos, as letras são maravilhosas...muitas delas me ajudaram a superar momentos difíceis ou descrevem perfeitamente o que eu sinto.

Can't take that away, Make it Happen, Fly like a bird, When you believe, Trought the rain sempre me colocam pra cima nos momentos de dificuldade. As letras dessas músicas são poderosas.

Amo todas as músicas. Cada uma reflete um sentimento que tenho ou tive, me lembra momentos especiais da vida...

É a minha trilha sonora se a vida fosse um filme.”



Comentário BONUS:

Patricia Costa

Desculpa não poder responder um único artista, mas as músicas da Antena 1 acariciando minha alma nós momentos mais difíceis até os mais felizes, esta rádio e muito importante na minha vida, amo todas as músicas tocadas ???? (BONUS)

E não para por aí! Nossa programadora musical, Luciene Calegari, e a locutora Vanessa Calheiros, também compartilharam conosco qual música que as remetem a bons e inesquecíveis momentos. Confira:

Luciene Calegari

“Em 93, foi o ano em que tivemos o primeiro aparelho de som com CD em casa. Nesta mesma época, enquanto meus pais faziam compras de mercado, eu os esperava ouvindo os álbuns que ficavam disponíveis para que os clientes conhecessem. Como uma pré-adolescente apaixonada por música, fiquei encantada com o álbum “Pulse – Pink Floyd”. As músicas, o encarte, tudo me fez querer. Lembro até hoje a emoção que foi em juntar o dinheiro, comprar meu primeiro CD e ouvi-lo a hora em que eu quisesse, principalmente “Wish you were here”.



Vanessa Calheiros

“Muitas músicas me marcaram é até difícil escolher uma..., mas teve um período da minha vida que Me and Mrs Jones do Billy Paul me tocou muito! Obrigada Antena 1 por me trazer boas recordações!”.

Lembrando que no ano de 2015, ao visitar a Antena 1, o artista chegou a cantar essa canção ao vivo no piano de um de nossos estúdios, e Vanessa estava presente. Imagina a emoção!



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Quer ouvir sua música favorita aqui na Antena 1? Recomende sua canção acessando aqui.

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Saiba as dicas musicais dessa semana na Antena 1 (03/01 - 07/01)

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