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Sírios ainda sofrem com pobreza, apesar de relativa calma e laços árabes renovados

Placeholder - loading - Prédio danificado em Douma  19/6/2023  REUTERS/Firas Makdesi
Prédio danificado em Douma 19/6/2023 REUTERS/Firas Makdesi

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DAMASCO (Reuters) - Nesma Daher sobreviveu a anos de guerra em um subúrbio de Damasco que estava na linha de frente do conflito na Síria. Mas bem depois que as armas silenciaram em sua área e mesmo quando o isolamento regional de seu país desapareceu, ela diz que a vida só fica mais difícil.

Viúva em Douma, uma cidade controlada pelos rebeldes até 2018, quando as forças do governo a retomaram, Daher diz que às vezes só consegue alimentar seus quatro filhos com uma refeição por dia. A família sobrevive com ajuda em dinheiro de uma ONG equivalente a cerca de 7 dólares por mês.

Seu filho mais novo, de 12 anos, abandonou a escola para trabalhar em uma fábrica. 'Desde o dia da morte do pai, os dias foram difíceis e só pioraram', disse Daher, de 35 anos.

É um retrato da pobreza que aflige a Síria depois de mais de 12 anos de conflito, que surgiu de protestos contra o governo do presidente Bashar al-Assad em 2011.

Desde então, pelo menos 350.000 pessoas foram mortas, milhões desalojadas e a infraestrutura pública deixada em ruínas.

Embora as principais linhas de frente mal tenham se movido em anos, com Assad controlando a maior parte do país, as necessidades humanitárias ainda são grandes.

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que mais de 15 milhões de pessoas precisam de ajuda em todo o país - um número recorde.

O PIB caiu mais da metade entre 2010 e 2020, diz o Banco Mundial, e uma moeda local em constante declínio fomenta a inflação.

Em meio a outras emergências internacionais, a ONU está com dificuldades para financiar seu apoio aos sírios necessitados. Em junho, disse que seu apelo para o trabalho humanitário na Síria neste ano - 5,4 bilhões de dólares - havia sido financiado em apenas 11%.

O devastador terremoto que atingiu a Síria e a vizinha Turquia em fevereiro apenas agravou o sofrimento.

Embora os Estados árabes tenham doado para os esforços de socorro e dado as boas-vindas a Assad de volta à Liga Árabe, não houve sinal do investimento árabe que muitos sírios em áreas controladas pelo governo esperavam que ajudasse a recuperar a economia.

Escrito por Reuters

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