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Ambulâncias viram clínicas móveis em Gaza após combates bloquearem rota de hospitais

Placeholder - loading - Médicos ajudam palestinos em posto médico formado para obter melhor acesso às linhas de frente, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza 30/01/2024 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Médicos ajudam palestinos em posto médico formado para obter melhor acesso às linhas de frente, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza 30/01/2024 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

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Por Fadi Shana e Ibraheem Abu Mustafa

KHAN YOUNIS, Faixa de Gaza (Reuters) - A ambulância deixou sua base habitual no Hospital Nasser, em Khan Younis, seis dias atrás, com tantos curativos, seringas e outros itens básicos quanto a equipe conseguiu encontrar. Desde então, está operando como uma clínica móvel, porque não tem como retornar.

O hospital, o maior ainda em funcionamento no sul de Gaza, fica em uma área da cidade que é palco de intensos combates entre forças israelenses e militantes do Hamas, tornando a passagem de pacientes ou mesmo ambulâncias perigosa demais.

“Agora funcionamos como um ponto de apoio no centro de Khan Younis”, disse o paramédico Nassim Hassan, que lidera a unidade de emergência no Hospital Nasser.

Isso significa tratar pacientes que chegam por conta própria ou correr para buscar pessoas feridas, incluindo em locais muito próximos das linhas de frente, e levá-los a tendas com instalações médicas básicas.

“Desde que saímos, seis dias atrás, estamos trabalhando. Há muitos feridos entre as pessoas deslocadas que estavam no bairro industrial e em algumas escolas. Muitos dos feridos foram embora carregados em carroças, tuk-tuks, carros ou mesmo a pé.”

Khan Younis recebeu um grande fluxo de pessoas desalojadas durante as primeiras semanas da guerra entre Israel e Hamas, após o exército israelense orientar civis a se retirarem do norte de Gaza para sua própria segurança.

Desde então, os conflitos se moveram para o sul e para o coração da cidade, causando novas ondas de deslocamento na direção de Rafah, na fronteira sul de Gaza com o Egito, e tornando as condições ainda mais duras e perigosas para quem ficou para trás em Khan Younis.

Sem uma perspectiva imediata de conseguir novos suprimentos de qualquer almoxarifado hospitalar, Hassan estava preocupado com o estoque de itens essenciais.

“Essa é uma das coisas que nos faltam”, disse, segurando um torniquete durante uma triagem dos materiais armazenados dentro da ambulância. “Talvez tenhamos um ou dois sobrando.”

Em uma das tendas médicas onde a ambulância de Hassan tem depositado pacientes, o paramédico Ibrahim Abu al-Kass fazia o melhor que podia para lidar com uma ampla variedade de ferimentos e doenças, usando apenas equipamentos básicos.

A guerra eclodiu quando militantes do Hamas de Gaza invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e tomando 240 como reféns, segundo Israel, que respondeu com uma ofensiva militar contra a faixa densamente povoada.

O bombardeio e a invasão terrestre de Israel mataram pelo menos 26.900 palestinos e feriram mais 65.900, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A maior parte da população da faixa foi deslocada. Fome e doenças são frequentes.

Escrito por Reuters

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