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Ao menos 8 corpos com marcas de tiros são encontrados após operação policial em São Gonçalo

Placeholder - loading - 22/11/2021 REUTERS/Ricardo Moraes
22/11/2021 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Ao menos oito corpos com marcas de tiros foram encontrados por moradores no Complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, após uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar fluminense no local, informou a PM nesta segunda-feira.

Segundo a polícia, das oito vítimas, sete foram identificadas e cinco tinham antecedentes criminais. As vítimas usavam roupas camufladas.

“Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) da região. Sete dos oito mortos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, foram identificados. Destes, cinco possuem antecedentes ou anotações criminais. Um dos mortos que não possui antecedentes também estava com roupa camuflada semelhante a do restante do grupo” informou a polícia civil.

Os cadáveres foram encontrados pelos moradores em uma área de mangue e integrantes da PM, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros chegaram muitas horas após as mortes. O Corpo de Bombeiros alegou motivo de segurança.

Defensoria Pública, Ministério Público, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanham de perto o caso.

“No domingo recebemos denúncias à noite sobre alta letalidade da polícia militar numa operação no Salgueiro. Os restos eram chocantes e pedidos dramáticos... estamos fazendo uma escuta ativa da população”, disse o ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado, Guilherme Pimentel.

“Pouco mais de seis meses da operação mais violenta do Rio e o Estado segue confundindo segurança pública com letalidade policial. Os que tem que garantir os direitos dos mais pobres e vulneráveis são os que promovem uma rotina de medo. É preciso entender se os oito mortos morreram no manguezal ou se foram levados pra lá“, disse a deputada Dani Monteiro (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj.

Nas redes sociais, moradores da comunidade afirmavam que o número de mortos pode ser maior.

O clima foi tenso no Complexo do Salgueiro durante todo o fim de semana.

No sábado, um sargento da PM morreu no local no que teria sido um ataque realizado por criminosos. No domingo, uma idosa de 71 anos foi atingida por uma bala perdida durante um confronto entre policiais e suspeitos de tráfico de drogas. Ela passa bem.

A polícia afirma que foi até o conjunto de favelas para uma operação de 'estabilização'.

Escrito por Reuters

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