Arm, do SoftBank, dispara em estreia na Nasdaq
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(Reuters) - A Arm Holdings, do SoftBank, disparava 19% em sua estreia na Nasdaq nesta quinta-feira.
O papel abriu a 56,1 dólares por ADR, e já operava na casa dos 61 dólares nesta tarde, ante precificação a 51 dólares na véspera, em um sinal de confiança para outras empresas que planejam abrir capital.
A Arm garantiu uma avaliação de 54,5 bilhões de dólares na quarta-feira, após precificar o IPO no topo da faixa indicativa. A empresa arrecadou 4,87 bilhões de dólares para o SoftBank, que ainda detém uma participação de 90,6%.
'Ficou bastante claro que continuar sendo uma empresa independente era o melhor caminho a seguir', disse o diretor financeiro da empresa, Jason Child, em entrevista, observando que a Arm tem uma participação de mercado significativa no setor de CPUs (unidade central de processamento).
'O IPO da Arm é a listagem mais comentada que tivemos nos mercados há um tempo', disse Kyle Rodda, analista sênior de mercado da corretora Capital.com.
A avaliação obtida com a operação representa uma queda em relação aos 64 bilhões de dólares em que a empresa foi avaliada no mês passado, quando o SoftBank comprou de sua unidade Vision Fund a participação de 25% que não possuía diretamente.
Child disse que isso não diminuiu o entusiasmo do presidente-executivo do SoftBank, Masayoshi Son, com a Arm. 'Ele está bastante otimista em relação à empresa', disse Child.
'O preço de hoje ou mesmo no curto prazo não é realmente o foco dele, o foco é onde o preço estará no futuro.'
A listagem bem-sucedida da Arm é crucial para uma revitalização do mercado de IPOs nos EUA, que ainda aguarda listagens de startups famosas, como a empresa de entrega de alimentos Instacart e a de marketing Klaviyo.
A estreia da Arm também dá à Nasdaq, que conquistou a listagem, um potencial impulso para o crescimento futuro de receita.
(Reportagem de Echo Wang e Laura Mathews em Nova York, Stephen Nellis em São Francisco, Manya Saini e Niket Nishant em Bengaluru; reportagem adicional de Medha Singh e Akash Sriram; Edição de Arun Koyyur)
Escrito por Reuters
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