Artista da Semana: Madonna é destaque na programação

Essa semana, a escolhida para ocupar o posto de artista da semana é a rainha do Pop, Madonna. A cantora explodiu no cenário musical no final do último século e transformou seu nome e sua voz numa marca mundialmente conhecida.

Madonna é nome artístico de Madonna Louise Veronica Ciccone, uma norte-americana nascida em 16 de agosto de 1958, no estado de Michigan, nos Estados Unidos.

Descendente de italianos, Madonna é a terceira de seis filhos e, apesar de viver em casa cheia, não teve a mais agradável das infâncias. A cantora perdeu a mãe quando tinha apenas cinco anos de idade, vítima de um câncer de mama.

Apesar de ser uma criança um pouco tímida e insegura, Madonna nunca duvidou que seguiria a carreira artística. Então, com o fim do Ensino Médio, ela conseguiu uma bolsa de estudos para cursar dança na Universidade de Michigan.

Apesar disso, em 1978 ela decidiu abandonar os estudos e partiu rumo a Nova York. Madonna já contou em entrevistas que esse foi um período de muitos desafios em sua vida e que ela chegou na nova cidade com apenas 35 dólares no bolso.

Um ano depois, a artista foi aprovada em um teste para ser bailarina do cantor Patrick Hernandez na famosa Paris.

Lá, ela conhece o músico Dan Gilroy e juntos eles formaram a primeira banda da qual Madonna participou, a “Breakfast Club”, onde ela cantava, tocava guitarra e bateria

Madonna partiu para uma outra banda que formou com seu namorado da época, Stephen Bray. O grupo levava o nome de “Emmy” e logo chamou atenção da gravadora Gotham Records.

Esse foi o primeiro contato da estrela com o mercado profissional da música e, trabalhando em grupo, ela percebeu que se daria melhor em carreira solo. Já de volta a Nova York, Madonna se debruçou sobre suas próprias composições e fez de tudo para que alguma gravadora aceitasse produzi-las.

Foi então que, em 1983, seu primeiro álbum de estúdio foi finalmente lançado. Autointitulado “Madonna”, o disco saiu sob selo da Sire Records.

A cantora conseguiu essa oportunidade quando conheceu Seymour Stein, diretor da gravadora, e o convenceu a ouvir sua faixa “Everybody”. O executivo gostou muito do som da novata e decidiu dar uma chance.

O disco foi um grande sucesso. Só no ano de estreia vendeu quase 3 milhões de cópias e foi o sétimo álbum de estúdio mais ouvido de 1984.

Pouco a pouco, Madonna foi se tornando um ícone do Pop. Além de suas músicas que faziam muito sucesso, sua estética e jeito de vestir começaram a virar moda e influenciar meninas e mulheres da época. O visual com as blusas de renda, os crucifixos e as meias arrastão se transformou em tendência.

Tudo isso culminou para que em 1984 Madonna se lançasse em uma de suas eras mais icônicas: “Like a Virgin”. O álbum entrou na Billboard 200 e recebeu certificação de diamante. Dentro desse projeto, os maiores hits de Madonna foram lançados, como “Material Girl” e “Like a Virgin”.

Nesse mesmo ano, Madonna fez uma apresentação que deu o que falar no primeiro MTV Video Music Awards. A cantora fez uma performance de “Like a Virgin” em cima de um bolo de casamento gigante, usando um vestido de noiva e o polêmico cinto escrito “Boy Toy”.

Aquele momento foi, sem dúvidas, um dos mais icônicos tanto da carreira da Madonna, quanto da própria premiação da MTV, que relembra o show até os dias de hoje.

Foi ainda no processo de divulgação desse álbum que Madonna conheceu seu primeiro marido. Durante as gravações do clipe de “Material Girl”, ela se apaixonou pelo ator e diretor Sean Penn e os dois se casaram no ano de 1985.

Ainda sobre a faixa, seu clipe também entra na lista como um dos mais icônicos da carreira de Madonna. No vídeo, ela demonstra sua admiração por Marilyn Monroe e faz uma homenagem ao número "Diamonds Are a Girl 's Best Friend", do filme “Gentlemen Prefer Blondes”.

Após essa boa fase de “Like a Virgin”, a figura e o nome de Madonna já eram uma marca por si só. Ela lançou seu terceiro álbum de estúdio e logo começou a fechar parcerias milionárias para publicidade.

Um episódio que sem dúvidas deu muito o que falar foi quando Madonna assinou um contrato de 5 milhões de dólares para que a marca Pepsi usasse sua faixa "Like a Prayer" num comercial.

A parte sonora não causou grandes impactos, a questão mesmo foi o vídeo da propaganda, que contava com iconografias católica como estigmas, cruzes em chamas e a até mesmo a cantora beijando um santo negro.

A repercussão negativa foi tamanha que o próprio Vaticano entrou com um pedido para que a propaganda fosse tirada do ar. Mesmo assim, quando “Like a Prayer” foi oficialmente lançada, fez um baita sucesso.

Em 1990, Madonna lançou a faixa “Vogue” para o filme “Dick Tracy”, que ela mesma protagonizou. Naquela época, a artista percorreu o mundo com sua turnê ‘Blond Ambition’ e ,como já havia acontecido antes, alguns religiosos fervorosos não gostaram da dinâmica dos shows de Madonna. A comoção foi tão grande que até o papa João Paulo II chegou a ir contra as performances.

No ano de 1992, a cantora explorou mais uma área, a do empreendedorismo. Ela fundou sua própria empresa de entretenimento multimídia, chamada Maverick, em parceria com a Time Warner. Sua produtora foi responsável por lançar grandes nomes para a música, como Alanis Morissette, por exemplo.

Ainda nesse ano, a cantora lançou o polêmico álbum “Erotica”, que não foi lá muito bem avaliado pela crítica e nem encantou muito o público.

Nesse ponto, Madonna se encontrava em uma corda bamba. Muitos diziam que sua carreira estava acabando e que os apelos de “Erotica” eram prova grande disso.

Madonna teve, então, a grande virada na sua imagem quando conquistou o papel principal no filme bibliográfico “Evita”. A cantora interpretou Eva Perón nos cinemas e disse que esse era o grande papel da sua vida. Em algumas entrevistas, ela já contou que na época dos testes, escreveu uma carta de quatro páginas para o diretor do filme justificando porque ela era perfeita para o papel.

Após o sucesso cinematográfico, Madonna voltou a se dedicar a suas próprias composições e, no ano de 1998, “Ray of Light” foi lançado. Com uma proposta mais espiritualizada e aspecto mais calmo, o disco foi bem recebido pela crítica e entrou para a lista dos 500 maiores álbuns de todos os tempos, segundo a Rolling Stone.

Nos anos 2000, Madonna continuou lançando novos projetos e, ao final da década, se consagrou como a artista que mais vendeu singles nos Estados Unidos. Ela também foi listada como a artista mais executada nas rádios britânicas durante a década de 2000.

Em 2006, Madonna começou a turnê de seu disco “Confessions on a Dance Floor" que assim como outros projetos seus, não repercutiu muito bem entre os religiosos. Isso porque na performance da faixa "Live to Tell", Madonna cantava suspensa em uma cruz gigante, usando uma coroa de espinhos.

Madonna também já foi destaque em grandes produções televisivas. Em 2015, a série musical “Glee” recebeu um aval da cantora para usar toda sua discografia em um episódio especial chamado “Glee: The Power of Madonna”. Já em 2020, a décima segunda temporada do reality "Rupaul 's Drag Race” produziu um musical autoral, onde as competidoras interpretaram Madonna em cada uma das fases de sua carreira.

Em 2011, Madonna alcançou mais um grande feito: foi a atração principal do show de intervalo do Super Bowl. A performance contou com a participação de membros do Cirque du Soleil e alguns outros artistas como Nicki Minaj. Além disso, 114 milhões de pessoas assistiram o espetáculo ao vivo, o que deu a Madonna o recorde de show mais assistido da história do evento até aquele momento.

Seu mais recente projeto foi o álbum “Madame X”, que debutou em 2019 e trouxe uma Madonna mais madura e nostálgica.

Atualmente, com 64 anos, Madonna é considerada a Rainha do Pop e um dos nomes mais icônicos de toda indústria musical.

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LETRA E TRADUÇÃO: JAMES MORRISON FEAT. NELLY FURTADO - BROKEN STRINGS