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Assassinato de Khashoggi 'aconteceu sob minha guarda', diz príncipe herdeiro saudita

Placeholder - loading - Príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman 18/09/2019 Mandel Ngan/Pool via REUTERS
Príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman 18/09/2019 Mandel Ngan/Pool via REUTERS

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RIAD (Reuters) - O príncipe herdeiro da Arábia Saudita disse que tem responsabilidade pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, cometido por agentes sauditas no ano passado, 'porque aconteceu sob minha guarda', de acordo com um documentário da rede pública norte-americana PBS que será exibido na semana que vem.

Foi a primeira vez que Mohammed bin Salman, o governante de fato do reino, admitiu publicamente sua responsabilidade pessoal pelo assassinato cometido dentro do consulado saudita de Istambul por agentes vistos como próximos do príncipe.

A CIA e alguns governos ocidentais disseram acreditar que o príncipe ordenou a morte, mas autoridades sauditas dizem que ele não se envolveu.

A morte provocou uma revolta global, maculando a imagem do príncipe herdeiro e ameaçando planos ambiciosos para diversificar a economia do maior exportador de petróleo do mundo e arejar a reclusa sociedade saudita. Bin Salman não visitou nem os Estados Unidos nem a Europa desde então.

'Aconteceu sob minha guarda. Assumo toda a responsabilidade, porque aconteceu sob minha guarda', disse ele a Martin Smith, da PBS, segundo uma prévia do documentário 'O príncipe herdeiro da Arábia Saudita', que deve ir ao ar no dia 1º de outubro, antes do aniversário de um ano da morte de Khashoggi.

Depois de negativas iniciais, a narrativa saudita oficial atribuiu o crime a agentes rebeldes. O procurador-geral disse que o então vice-chefe de inteligência ordenou a repatriação de Khashoggi, que frequentou a realeza e depois se tornou seu crítico explícito, mas que o principal negociador ordenou que ele fosse assassinado depois que discussões sobre sua volta fracassaram.

Saud al-Qahtani, ex-conselheiro de alto escalão da realeza que, segundo a Reuters noticiou, deu ordens aos assassinos via Skype, informou a equipe de agentes sobre as atividades de Khashoggi antes da operação, disse o procurador-geral.

Segundo uma citação de Smith, ao ser indagado como o assassinato pôde acontecer sem que ele soubesse, Bin Salman disse: 'Temos 20 milhões de pessoa. Temos 3 milhões de funcionários no governo'.

Smith perguntou se os assassinos podem ter usado jatos do governo, ao que o príncipe herdeiro respondeu: 'Tenho autoridades, ministros para acompanhar as coisas, e eles são responsáveis. Eles têm autoridade para fazê-lo'. Smith descreveu a conversa de dezembro, que aparentemente aconteceu longe das câmeras, na prévia do documentário.

Em junho, um funcionário graduado do governo dos EUA disse à Reuters que o governo Trump estava pressionando Riad a fazer um 'progresso tangível' para responsabilizar as pessoas por trás do assassinato.

(Por Stephen Kalin, em Riad, e Michelle Nichols, na ONU)

Escrito por Reuters

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