Auren anuncia incorporação da AES Brasil, formando 3ª maior geradora do Brasil
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Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A Auren Energia, controlada por Votorantim e CPP Investments, anunciou nesta quarta-feira a incorporação da AES Brasil, formando a terceira maior geradora de energia do Brasil, de acordo com fato relevante.
A empresa combinada terá 39 ativos operacionais e em construção, com uma receita líquida combinada de 9,6 bilhões de reais, com base em números de 2023.
Pelo acordo, a AES Brasil será convertida em subsidiária integral da Auren, havendo unificação das bases acionárias das companhias.
A Auren afirmou que, desde sua criação, analisa oportunidades de crescimento por meio de fusões e aquisições, mas que o acordo com a AES Brasil é 'transformacional'.
'Das mais de duas dezenas de processos que a companhia avaliou neste período, nenhum apresentou tanta sinergia, alinhamento estratégico e potencial transformacional para a Auren quanto a AES Brasil', afirmou o presidente da Auren, Fabio Zanfelice, em nota.
Segundo ele, o acordo criará a 'mais completa plataforma renovável do setor elétrico brasileiro e inúmeras oportunidades de criação de valor para nossos acionistas'.
Os acionistas da AES Brasil terão três opções para a conclusão da transação: a conversão quase total de suas ações em papéis da empresa combinada, a conversão de suas ações em caixa e uma opção intermediária.
A relação de troca equivale a 0,762 ação da AES Brasil para cada ação da Auren.
Segundo fato relevante, a AES Corporation, acionista controladora indireta da AES Brasil, optou pelo recebimento de 100% de sua participação em moeda corrente nacional.
Por outro lado, a Votorantim, acionista parte do bloco de controle da Auren -- que detém atualmente participação de 4,1% no capital social total e votante da AES Brasil -- comunicou que optou por receber participação equivalente a 90% do seu investimento na AES Brasil em ações ON da Auren e 10% em moeda corrente nacional.
A estratégia da Votorantim tem em vista estratégia de investimento de longo prazo no setor de geração e comercialização de energia.
A expectativa é que a transação seja concluída no segundo semestre de 2024, após aprovação de órgãos como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
SINERGIAS
A transação consolida a Auren como uma das maiores geradoras de energia renovável do país, com uma capacidade total de 8,8 GW. Já em 2024, projetos em execução aumentarão a capacidade da companhia combinada em aproximadamente 700 MW, com efeito imediato em sua geração de caixa, ressaltou um comunicado.
A combinação de ativos cria a oportunidade de captura de sinergias de 1,2 bilhão de reais, além de sinergias financeiras e operacionais.
Com a transação, a Auren ainda deverá se fortalecer no segmento de comercialização de energia. No total, serão 4,1 GW médios de energia comercializados, equivalente a mais de 5% do consumo total do país.
A Auren ainda terá um parque gerador diversificado, com a distribuição de sua capacidade em geração hidrelétrica (54%), geração eólica (36%) e geração solar (10%).
Escrito por Reuters
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